quem anda a espreitar as reviravoltas ?

terça-feira, 27 de setembro de 2011

deep truth

estive a reler o enorme desabafo de ontem. apercebi-me de que ,embora escreva sempre com sinceridade, há muito tempo que não me saía algo tão verdadeiro, tão estupidificante e ao mesmo tempo real. porque todas as palavras feias, todos os insultos fazem parte do que tinha cá dentro, e percebi que não há remédio melhor do que passar tudo isso para a escrita, porque tudo o que dói, dói-me menos quando escrevo. a verdade custa, os sentimentos causam dor emocional, mas as palavras, milenares e absolutas, essas, quando bem usadas.. curam.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

grande, grande, grande desabafo

obrigadinha. a sério, do fundo do meu coração, obrigada !
sabes uma coisa ? Ora acontece que te amo mesmo. mas por vezes duvido que sintas o mesmo que eu. essas atitudes, é certo que não se comparam às de uma certa pessoa, mas magoam de uma maneira inexplicável. por tua causa, agora não vou ser capaz de dormir. fuck. se não te importas comigo, pelo menos diz de uma vez por todas. não me faças lutar (sim, porque eu estou disposta a lutar de todas as maneiras possíveis) para depois me deixares pior do que já estava! eu estava mal, eu estava ao ponto de não conseguir sentir nada por ninguém, e agora qualquer pedaço da tua ausência.. well it hurts like hell.
deixas-me num estado completamente lastimável, e eu não quero voltar a sofrer como no passado. juro-te, demorei anos a esquecer a merda sentimental em que aquele gajo me meteu, e tudo o que eu menos preciso´de repetir a façanha. se calhar dou demasiada importância às pessoas. se calhar preferias que agisse como uma bitch, se calhar era mais giro dizer "olha bora lá prá cama e vamos despachar isto", em vez de , sei lá, estar com esta coisa dos sentimentos.
esquece, vou deixar de acreditar no amor correspondido. não vale o esforço, não vale as lágrimas, não vale todos os bocados de mim que deixo para trás. pareço confiante , um bocado maluca e por vezes insconsciente, mas tenho profundas inseguranças em relação ao amor (ahah, até deviam inventar uma palavra nova para "amor", porque sinceramente, isto de duas pessoas que se amam verdadeiramente já está fora de moda!).
andam para aí moças de coração partido, desde bem cedo, e ninguém quer saber, ninguém se preocupa em olhar um bocadinho para o lado. andam para aí muitos fulanos , ui que bonecos, que comem, fodem, e deitam fora, sem pensar na merda lastimosa que andam a provocar.
peace&love? ahahah, bora lá todos usar cenas com o símbolo da paz, ouvir raggae e dizer que só queremos a felicidade ! meus meninos, não é por dizerem uma coisa, ou por ouvirem isto ou aquilo, que vão parecer mais credíveis.
sim, estou revoltada, triste, frustrada, e qual é o problema ? é suposto o mundo ser uma caminha de rosas ? não.
adorava poder dizer que confio em alguém sem depois levar uma chapada inesperada. adorava dizer "amo-te" sem que as palavras fossem banalizadas e ditas sem que se sinta um arrepio na espinha. adorava poder ter a um detector de mentiras, um detector de sinceridade, adorava saber se ainda existe verdade.
se digo que não me sais da cabeça, achas mesmo que o digo apenas para "meter conversa" ?
se assim pensas,estás redondamente enganado, eu ainda sou daquelas pessoas pacóvias que diz o que sente! eu achava que eras diferente _olhó cliché!
mas magoas-me, tal como o outro.
tal como aquela pessoa que serviu de inspiração a muito daquilo que escrevi até hoje. tal como o cabrão que amei sinceramente e que me mostrou que não passava de uma pedra no meu sapato!
e agora , apaixonei-me outra vez, anos depois. estúpida, idiota, burra . não podia fazer qualquer coisa de mais produtiva? agora choro em frente a um portátil cor-de-rosa. sim, epá para quê ter medo de dizer que tenho lágrimas a cair pelo meu rosto, neste preciso momento? já tenho demasiados medos.
e com tudo isto, com toda esta liguagem mais ou menos estúpido-coesa, eu só queria que entendesses o que sinto. só queria que entendesses que dói ser posta de parte. só queria que acordasses e pensasses "olha, se calhar é melhor lutar por ela.. " acredita que era o melhor que te podia acontecer!
lembra-te que ,só se calhar, há por aí muitos que gostariam de ter a oportunidade que estás a ter. não é arrogância, porque afinal de contas, até poderiam haver milhões deles, mas eu só te quereria a ti. lamento.
e estou a alongar-me, e sei que é tarde e devia parar de escrever, mas a escrita funciona como um Ben-u-ron, como um analgésico, como qualquer coisa que me tira este vazio, momentaneamente.  a escrita alivia este peso da estupidez, este sofrimento emocional aparvalhado e inexplicável. podia usar palavras caras e usar figuras de estilo fofas para fazer deste texto qualquer coisa ligeiramente menos deprimente, mas fodasse,hoje não! quero ocupar linhas à toa, repetir-me, limitar-me a ver as palavras, por mais porcas ou banais que estas sejam, a passear-se nesta página.
espero que a vontade de chorar se dilua, que a ferida que deixaste fique mais pequenina, e tento-me mentalizar, lentamente, que tenho de puro e simplesmente não querer saber. tenho de olhar para o telemóvel menos vezes, tenho de me preocupar menos contigo, tenho de manter estes sentimentos um pouco mais reprimidos.
deves estar aqui e agora, a dizer que me amas.
mas isso, isso são infantilidades de histórias da carochinha, coisas que nunca acontecem...

domingo, 25 de setembro de 2011

medo

tanto medo me corre nas veias.
tantas hipóteses, tantos " e se..?", tantas histórias que a minha cabeça cria em relação a ti.
é o receio de que tenha ouvido qualquer coisa que não tenhas gostado, e agora não queiras saber do que eu tenho a dizer.
é a ideia de que ele foi falar contigo sobre mim.. ele gosta de arranjar confusões, ambos sabemos isso, mas a mim esse facto aterroriza-me, preocupa-me e ,enfim, deixa-me à beira de um ataque de nervos.
é a tragédia que me assombra, é esta dor que me traz a perda, é tudo em que ti que eu quero manter a meu lado, é a loucura que há muito já não sentia.
juro-te, juro-te a ti e a todos, se for preciso até me meto num comboio, num autocarro ou numa me*da qualquer que me leve até ti, porque já não aguento !
sensatez? até a tinha ! mas quando és tu que estás em jogo, não quero saber da calma , não me interessa pensar duas vezes.
não me faças sofrer desta maneira. por favor.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

words aren't enough

tenho tantas coisas para dizer, mas as palavras não chegam, não me parecem satisfatórias. demasiados sentimentos,talvez seja esse o problema. amo-te e muito sinceramente só me apetece ser capaz de te mostrar as palavras lamechas que escrevo sobre ti. mas há aquele lado de mim, tão estúpido, que me diz "ainda estragas tudo,ele vai achar que lhe dás demasiada importância". pois é , eu devo ser seriamente traumatizada nestas questões da importância,porque tenho sempre um medo terrível de exagerar. exagerar no sentimento, no romantismo, na frieza e na estupidez. sou uma pessoa segura, mas quando me apaixono (muito raramente, a sério) faço asneira, é só mariqueces e medo. já viste o que me fazes?

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

should I fight?

eu sempre quis lutar. e sim,quero lutar, continuo a recusar-me a desistir das minhas pequenas loucuras, das ideias extravagantes que insisto em fazer resultar. faz parte de mim. mas como alguém disse, posso estar a ficar mais sensata, ou pelo menos demonstro sinais disso. o que, tirando alguma conclusão decente disto, significa que me começo a questionar, ou puro e simplesmente a perder a esperança em relação ao amor. esta sensatez repentina não me deixa acreditar em muitas coisas. quero-te tanto, ao mesmo tempo que uma enorme dose de realidade me mostra, bem cá dentro, que tenho tanto medo de te perder. sei que posso parecer repetitiva,mas preciso tanto de mostrar o que sinto, preciso de alguém que me mostre que é possível confiar.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

GUESS WHAT?

sabes que mais ?
eu amo-te.
e sabes o que é mais grave em relação a isso?
é que é um verdadeiro perigo amar-te. juro-te, tenho muito medo, muitos fantasmas à minha volta que me relembram da dor que foi sentir-me enganada por alguém, quando aquele fdp teimava em brincar comigo e despedaçar-me aos bocadinhos, com aquele egoísmo deplorável.
e agora tu pareces-me diferente. pareces-me um bocado incapaz de me fazer o que ele me fez, mas eu não posso, não quero confiar e sentir os estilhaços de uma desilusão outra vez. quando digo que tenho saudades tuas, não o digo da boca para fora, só porque é muito giro mandar uma mensagem fofinha e dizer que ah e tal sinto a tua falta; digo-o porque o sinto, porque me alteras o estado de espírito, porque és estranhamente importante na minha vida e porque dava tudo para encurtar a distância. sentir saudade só dói realmente quando implica sentimentos profundos e difíceis de explicar. e neste momento é como se tivesse recuperado alguns sentimentos antigos que pensava terem sido absolutamente roubados e violados por um passado..cego.
assustada, estou assustada, amedrontada que nada disto resulte, que me digas que não vai resultar, que é impossível manter algo assim. por favor, luta.

domingo, 11 de setembro de 2011

30 Day Challenge #Day 3

Day 3 - Your views on drugs and alcohol

simples e (talvez rápido)
em relação ao álcool, se não se tornar num hábito, qual é o grande drama? muito bem,toda a gente tem direito a fazer as suas escolhas, há quem goste de se divertir com uma ajudinha da bebida e há quem ache desnecessário, respeito. pessoalmente, bebo durante algumas saídas à noite, acho piada aquele estado de alegria em que qualquer palavra tem uma piada descomunal, e acho idiota beber até chegar ao vómito (porque é bastante nojento, diga-se de passagem). e tenho dito.
e drogas? desde que não se armem em kurt cobain , está tudo óptimo. quero dizer, não está tudo bem quanto a drogas pesadas e injectar substâncias perigosas e alucinantes nas veias. quanto a ganzas sim, é compreensível e há quem diga que tem o seu lado saudável (aproveito para referir que nunca experimentei),por isso enfim, força.

30 Day Challenge #Day 2

Day 2 - Where you'd like to be in ten years

muahah só porque estou com vontade de escrever , decidi não respeitar as regras e escrever mais do que um texto por dia. cá vai:
daqui a dez anos, desejo estar feliz, ser uma pessoa concretizada,e como dizem "não interessa onde estás, interessa com quem estás", dou cada vez maior importância às pessoas do que aos lugares. maaass (há sempre um mas), se pudesse escolher, estaria provavelmente nos USA. sou um bocadinho exigente,eu sei, mas tenho um qualquer fascínio por esse país, e sonho com a experiência de viver lá, pelo menos durante uns meses, pelo menos para entender o american dream, pelo menos para pensar à americano e sentir todos aqueles mundos, infinitos, num só país. partilho aqui o desejo mais estúpido e difícil de concretizar (só não digo impossível porque nada é realmente impossível): eu,como estrangeira num país que não é o meu (olha eu a fazer redundâncias), gostava (mesmo) de ter um programa de televisão. uma mistura de Opra, Tyra e Ellen, qualquer coisa de interessante e que fizesse de mim a jornalista que realmente quero trabalhar para ser.
muito bem,e agora vou acabar o texto por aqui, porque..sim.
cheers to oprah , pronto.

30 Day Challenge #Day 1

#Day 1 - Your current relationship, if single discuss how single life is.

ora boa, logo esta para começar em grande. penso que um pequeno "não sei" seria suficiente para responder a isto, mas não me apetece ser breve. hoje estou para textos extensos. assim sendo, a verdade é que não tenho bem a certeza do estado da minha "relação" (até a coloco entre aspas exactamente pelo facto de não a saber definir). sim, a minha vida amorosa costuma ser (sem dúvida) bastante frustrante, excitante ou puro e simplesmente estúpida. porém, estou a trabalhar em mudar isso.
a verdade é que eu o amo, e segundo o que ele me diz, o sentimento é recíproco.com tanto bom feeling,  provavelmente tudo seria fácil,tal como diz aquela música "se isto não chega tens o mundo ao contrário". ora mas acontece que ele está longe, não noutro país,mas a umas centenas de quilómetros de distância (pois é, eu tenho uma tendência para coisas complicadas). eu não tenho problemas em manter uma relação destas, porque a saudade, na minha opinião, até se pode tornar numa coisa bastante saudável.
mas concluindo, e dizendo aquilo que poderia ter dito numa frase: gostava de "oficializar" o que tenho neste momento, queiram chamar-lhe uma relação ou não. contudo (e lá vou eu outra vez alargar o discurso) tenho medos e inseguranças,como qualquer outro ser humano,e já levei com muitas desilusões em cima,ou pelo menos já tive quinhentas desilusões causadas por uma só pessoa do meu passado (guess what,o ser sobre o qual escrevi durante a primeira vintena de posts neste blog). enfim, evito altas expectativas porque sei de antemão que não existem felizes para sempre e não vale a pena achar que aquele é "o tal". não sou insensível, aliás admito que amo e consigo gostar de romantismos e das chamadas coisas lamechas, porém estou a tentar criar defesas contra mais dores emocionais, que são mesmo f*d*d*s .

apesar de tudo isto, vá lá, ly.

sábado, 10 de setembro de 2011

30 Day Challenge

Porque gosto destas tretas para empatar tempo e (acima de tudo) porque escrever, seja lá sobre o que for, me dá prazer. Assim sendo, cá vai:

sábado, 3 de setembro de 2011

juro, aqui perante esta coisa grandota que é a Internet

pois bem, juro que se desta vez a coisa der (rapidamente) para o torto, eu vou-me tornar numa moça extremamente bem comportada que só se vai dedicar a estudar e coisas que tal. provavelmente é pedir muito, mas não quero mais desilusões. provavelmente pelo facto de achar que não aguento mais desilusões. provavelmente por achar que, se me partem o coração num milhão de bocados minúsculos outra vez, eu deixo de acreditar no amor. lamento.

carolina inês...

...porque é que só gostas do que é difícil, longínquo e complicado de manter?

sábado, 16 de julho de 2011

you and your..

é só para dizer que tenho algumas saudades tuas. não daquelas saudades que doem, que nos massacram durante cada segundo do nosso dia, mas sim daquelas que nos fazem uma certa confusão. sinto falta da música, do toque, dos risos, do secretismo e da excitação. principalmente das sensações, daquele morder de lábios, da casualidade tão simples e tão fácil.
eu gostava daquela liberdade, sabes? esse beijos que acendiam qualquer chama, que derretiam o icebergue do titanic. fod*a-s*, tu tens mesmo jeito.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

#1 inspired by pictures

Caminhavam lado a lado, naquela pequena praia , agora completamente vazia. Aquele fim de dia revela-se quase assombroso, o sol que outrora brilhava era neste momento apagado por um céu tempestoso,quase assustador. Porém, não seria a chuva,nem sequer um improvável tornado, que os afastaria daquele lugar. Ali estavam,os dois, com um único propósito: deixar que o mar lhes levasse os rancores, o ressentimento que um dia os separara.
Ela queria tanto gritar , dizer-lhe a alto e bom som que lhe parecia tão impossível perdoá-lo, que o que ele lhe tinha tirado era absolutamente único e irreparável, que tudo aquilo que ficara por dizer ainda a consumia, ainda a feria suavemente. Sempre que tentava falar, as palavras ficavam presas nos seus lábios ,sentia-se perdida nas emoções que a assolavam. até que, sem nunca o olhar nos olhos, começou.. : "um dia gostava de   te entender. juro-te. gostava realmente de não te olhar como uma pequena maldição,que foi em tempos o maior êxtase, o melhor que já senti em mim.."
ele, emocionalmente engolido por aquele mar imenso, balbuciou "sei bem o que te fiz. sei bem que te roubei o   pior que alguém pode tirar.."
"a capacidade de amar. foi isso que me tiraste, bruscamente, com as mentiras do passado, com a célebre frase 'vamos ser amigos' que nem nunca se concretizou. nunca na vida quis parecer ou ser frustrada ou derrotada, sempre fui forte, mas de que me vale isso agora ? zero, não vale nada. " ripostou ela, em lágrimas que agora se confundiam com a leve chuva que se iniciara
"gostava de poder mudar isso. infelizmente, não posso voltar atrás e reconstruir a nossa história. confia.. confia em alguém.. não em mim, mas em alguém.. eu não sou de confiança"
"pois não, és só um drogado estúpido. e drogados estúpidos só se aturam se souberem tocar guitarra como um génio. entendido ?"
"boa, insulta-me. é sinal de que estás a voltar a ser o que és" ele sorria, de certa forma aliviado com aquela tempestade de insultos
"cala-te. nem sei porque vim aqui. não é a conversar contigo que vou encontrar alguém que me queira pelo que sou, alguém que não queira o que tu querias. assombras-me, queria deixar-te bem longe dos meus pensamentos"
"ouve, eu nunca estive contigo só porque .."
"não vale a pena, a sério.. és passado. vou dar um mergulho"
"estás louca? nem te atrevas, já viste como está o mar?! "
"sabes bem que o mar não é um perigo para mim.. até já, é só um mergulho à chuva"
"NÃO ! Não vás ! "
de repente,a reviravolta. o twist na história. todos os ressentimentos, ela transformou-os em qualquer coisa de imparável, ele entregou-se ao irreparável.
ele agarrou-a. segurou-a pela cintura. beijou-a.
ela afastou-o. atirou-o para a areia. deitou-se a seu lado, olhou-o, e sussurrou "maldição". ele pediu-lhe desculpa incessantemente, mas ela.. muito sinceramente, não quis saber. procurou nele tudo o que tinha perdido, descarregou em si todos os seus sentimentos reprimidos. não o amava,desejava-o. ele não era o drogado, ele era o vício, em carne e osso, ali debaixo de si."

terça-feira, 12 de julho de 2011

...

mais uma vez, voltei a escrever. não porque esperava que o tempo curasse o que quer que fosse que ainda existisse para curar,porque essa história do tempo é pura invenção. não é o tempo que te vai trazer maturidade ou amor, é a experiência. mas quem sou eu para falar de amor ? quanto a isso mais vale estar calada.
a sério, eu tenho saudades. é assim tão mau dizer que tenho saudades dos tempos em que não eramos desconhecidos ? bem, se calhar é. mudaste ,e verdade seja dita,também mudei. por essa razão, só entras na minha cabeça quando regresso àquele lugar. mas não vamos por aí, neste momento és memória, vaga ou concreta, nem eu sei.
na verdade, a única razão pela qual estou aqui a rabiscar sobre ti é por sentir que me roubaste. sinceramente,perdi-me um bocado e não voltei a encontrar em mais ninguém aquilo que um dia encontrei em ti, por mais disfuncional que aquilo fosse. encontrei algo muito parecido ,tenho que te confessar: reencontrei-me com a sensação de perigo eminente,uma excitação desmedida e um princípio de sentimento que rapidamente se desfez. talvez seja por isso mesmo que fiquei fria,ou que pelo menos acreditei nisso.
e juro-te que só queria sentir aquilo outra vez. não, não é pela loucura de correr alguns riscos que me deram aquele gosto intenso pela adrenalina (viciou-me naquela sensação, cabrão). é aquele conforto que eu contigo fingi que odiava. seria interessante testar, não sei se essa sensação de segurança continuará a mesma, tão estranha, tão insegura.

sábado, 18 de junho de 2011

if I look crazy, then fuck off

 estou descrente, plena de decisões tomadas a sangue frio e ainda sem saber se estas foram pouco ou nada certas. todos estes compromissos ou promessas comigo mesma, talvez percam o valor no dia em que me façam acreditar de novo. perdi-me na falta de definições e limites, perdi-me na terrível e exasperada falta de sentimento. não por minha parte, mas por parte de muitos que me rodeiam, cujos únicos interesses são sinceramente desonestos, isto numa antítese ou paradoxo pouco poético.
 resta-me pedir a verdade. resta-me pedir que esta mudança , esta repentina lamechice em tempos trocada por uma insensibilidade falsificada , se transforme na sinceridade que tanto gostaria de ter sentido, no..passado.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

if i get hurt ,well it was my decision


texto escrito dia 20-06-2010
Fartei-me de tentar ser subtil. fartei-me das definições, da estranheza que me invade, deste mundo que me cai em cima e me questiona, me tenta acordar para uma realidade cheia de portas fechadas.
sei bem que me vou magoar, não por tua culpa, mas por minha. talvez me tenhas ensinado um diferente modo de envolvimento, e assim, quase sem querer, envolvi-me mais do que devia, senti mais do que esperava.
e agora sei que não te posso acusar de nada. sempre abriste o jogo, habituaste-me a jogadas limpas e sem segundas intenções. por isso e por mais algumas coisas, até te podia agradecer. mas ainda não sou capaz.

sábado, 4 de junho de 2011

fuck this.

hoje fiz uma limpeza às memórias empoeiradas, a todos aqueles pedaços de papel que guardava no meu refúgio, por entre linhas de cadernos antigos, por entre entre papéis rasgados que imaginava já nem existirem. não fui capaz de me livrar daqueles textos, pois deitá-los fora como qualquer trapo velho seria desperdiçar, diminuir à importância de desperdícios todos aqueles momentos relatados em forma de palavra.
falta-me a paciência, quero encontrar-te, um sorriso que seja puro e simplesmente íntimo, nem intencional nem muito menos obsceno. 
pareces estar longe, nem sei quem és, porém preciso que apareças. não desejo perfeição pois esta nem existe, é apenas mais uma ideia patética,contudo desejo os teus defeitos, o teu lado obscuro, quero alguém que deseje e lute incondicionalmente, tal como um dia fiz, e tal como hoje não serei mais capaz de o fazer , esgotei todas as minhas forças num passado que me esfriou, que me tornou diferente, não digo pior, mas sim absolutamente e irrevogavelmente distinta do que em tempos fui. 
tento emergir enquanto me livro de inúmeras dúvidas, fuck this, dá-me segurança, vou ser egoísta e mesquinha, mas por favor, torna-te no que eu quero ser, cansei-me de esperar que um dia me falasses de amor, em vão. nunca falaste, nunca vais falar , nunca me usaste (também é certo), nunca me mentiste, mas se não dás o suficiente (perdoa-me a exigência, não é por mal), então fala comigo, abre o jogo e diz que nada entendes das minhas filosofias, destas merdes d'amour (porque praguejar em francês tem muito mais classe, lamento), e manda calar o que se entranhou em mim.

(e a imagem ,sim, está perfeitamente adequada ao conteúdo do post . muahahah )


just stay, don't really care 'bout the rest.

that was my mind, last year:
não quero saber do resto. quero apenas que fiques, e que escrevas esta historia comigo. porque estou farta de ser só mais um troféu, estou farta de ser apenas mais um objecto descartável. tuda muda, e eu (sim, pelo menos eu) vou mudar. não te vou arrastar nesta mudança comigo. cabe-te a ti vires comigo, não precisas de pedir licença, basta vires e fazeres parte disto, deixares-me liderar, ser independente e estúpida, mas ter-te sempre a meu lado.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

f(o)re(ver)

não existe para sempre. não existem histórias perfeitas que durem uma eternidade, não existem paixões de chamas acesas durante toda uma vida. sad but true. todas essas tretas que nos impingem enquanto somos crianças,são de uma inutilidade absolutamente inqualificável. e antes de ser acusada de insensível (como sempre) posso dizer que existe amor. durante momentos, de uma maneira forte, louca e muito efémera (tal como a própria vida) mas ele está lá, acompanha-nos na memória,nos momentos, na pele arrepiada, na sensação de fraqueza que move montanhas. não o sei definir, não creio em definições nem desejo conhecê-las, porque não passam disso mesmo,puras definições lógicas: não por ser demasiado (psicologicamente) destrutivo procurar uma palavras que definam o amor, mas sim porque, ao longo destes últimos tempos, perdi todo e qualquer laivo de inocência, inocência essa que me fazia acreditar nessa deturpada história do "para sempre".
alguém que me desculpe o excesso de realismo. talvez tudo isto seja o puro resultado de me cruzar com as pessoas erradas. alguém que me desculpe por não ser mais capaz de dizer sim.
estou emocionalmente errada, e preciso de estabilidade. agora. já. 

segunda-feira, 30 de maio de 2011

in the end, feelings fuck us all

eu segui em frente. juro que sim. mas isso, meu caro, não te dá o direito de te meteres na minha vida, pela quadragésima vez (o que quase não é exagero), para me virares as ideias do avesso com esses olhos de carneiro mal morto. já estavas afastado há muito, e era assim que te devias ter mantido. longe, bem longe, numa distância impenetrável, muito mais palpável do que os vazios quatrocentos quilómetros.
não tenho cara de troféu, muito menos desejo sê-lo. perdi-me em mentiras, perdi-me na falta de respostas e na ausência da verdade. 
sinto-me estúpida por ter conversado contigo. já conhecia o grande emaranhado de sentimentos que sou, mas desta vez, a minha calma aparente deveria ter sido trocada por uns gritos, umas verdades que já deverias ter ouvido há muito tempo. nem penses que me deixei enganar. na verdade , tu nunca me enganaste. nunca. 

jealousy

desculpa se tenho ciúmes.
a sério ,é daquelas coisas que merece um sério pedido de desculpas da minha parte. é que no fundo até tenho sentimentos, e torno-me um pouco ciumenta, sinto-me ameaçada pela presença de alguns seres do sexo feminino ao teu lado. sei que a exclusividade se ganha, e embora nunca tenhamos falo de monogamia, eu não te quero partilhar. get it ?

terça-feira, 24 de maio de 2011

sinto falta

sinto falta da tua atenção. das conversas até às tantas, da tua presença, das tuas respostas , dos sorrisos impossíveis de esconder,sinto falta da proximidade.
não sei porque te afastas, não sei porque sequer porque fico preocupada com isso. é claro que não devias ter qualquer efeito em mim. é claro que o melhor para mim seria a estabilidade, ao invés desta insegurança.
quero-te perto, junto a mim, embora às vezes me queira afastar de ti, para não abrir mais feridas (já bem me bastam aquelas que já tenho).
não sei se faria algum sentido perguntar-te o que queres de mim. provavelmente a resposta seria desagradável, poderia até afectar-me de uma maneira quase irreversível. é por isso que me custa tanto quebrar este silêncio. acabar com as conversas de circunstância e falar de coisas sérias. parece tão fácil , dito assim.

...

quem ama não deixa de amar de um dia para o outro. quem ama sabe o que custa esquecer , ultrapassar ,seguir em frente depois do muito (ou pouco) tempo em que se agarrou uma esperança completamente oca.
não, desta vez não falo por mim, porque já estou aborrecida da tamanha desgraça sentimental que sou.
falo por ele, que anda aí a sofrer por alguém que ama realmente, e sim, uso a palavra amor sem qualquer problema, porque o sentimento escorre-lhe pelos olhos, é tão puro e invejável. é estranho falar assim de uma pessoa que em tempos tanto depreciava, porém é curioso como uma simples conversa (sincera e verdadeira) sobre sentimentos pode mudar a opinião que tinha,tão vincada, em relação a ele.
este é exactamente o tipo com quem se pode falar do que vai cá dentro, baixar as defesas e deixar as palavras sair, com toda a sua força.
talvez seja disso que sinto falta.. de ter coragem de gritar ao mundo..não sei bem o quê, mas gritar. gritar , gritar, juntar as palavras irracionais com as cordas vocais, e experimentar aquela excitação que um dia me mostraste.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

considerações

todos temos considerações a fazer , e hoje apetece-me tecer uma pequena consideração (talvez baseada em experiência própria, ou puro e simplesmente porque me apetece).
assim sendo, tenho a dizer que quando duas pessoas são demasiado parecidas , a coisa não avança , ou pelo menos a possibilidade de se conseguir qualquer coisa de jeito é muito menor. em suma, dois românticos são demasiado melosos e acabam por se fartar um do outro, e dois insensíveis são demasiado frios e acabam por não sair do mesmo sítio. e não me venham dizer que é mentira.

we all have stories to tell

todos nós temos histórias para contar. de facto, cada vida é um filme, cabe-nos a nós decidir se o queremos tornar ou não público, se preferimos a privacidade de uma história apenas guardada na memória, ou se desejamos escarrapachar a nossa história em qualquer formato físico.
Ora não me ocorre melhor solução do que escrever sobre o que mais me inquieta, partilhar com qualquer um pedaços de uma história inacabada, anónima, sem nomes, sem grandes resoluções ou certezas. o que é realmente bom é o poder de escolher pequenas peças de um puzzle gigantesco e transformá-las em pequenos rasgos de memória em forma de textos, de palavras que tanto significam cá dentro.
escrevo sobre "ele", um tal que pode ser qualquer ser que num dia se cruza no meu caminho, um tal que tanto me tirou do chão,ou um tal que ainda nem sequer existe.
provavelmente algumas das personagens já se depararam com algum destes textos, com alguma recordação em que se identificam, mas tentaram ignorar o facto de estarem tão estranhamente inseridas no meu filme, na existência de alguém.
talvez me torne demasiado pessoal, quem sabe, mas isso não é importante .
talvez um dia até seja prejudicada por aquilo que aqui digo. oh ,mas são apenas partículas de sentimentos, porque eles existem.. o que interessa é que vou continuar a escrever.. porque a escrita é provavelmente o único modo de fazer desaparecer alguns fantasmas.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

what if..?

e se o teu toque já não me deixar arrepiada?
deixas-me um bocado perdida, nem tens culpa, eu sei. talvez o problema seja um passado demasiado marcante, por sensações que ainda ninguém conseguiu igualar. não que o passado ainda me assombre (juro-te que não), mas tens de entender que tudo o que cada um de nós é hoje, as nossas personalidades, os nossos feitios, tudo foi construído por um passado mais (ou menos) longínquo, em que houve alguém que nos marcou, que nos fez feliz ou que nos despedaçou. cada pessoa que se cruza connosco, é uma marca, uma cicatriz que se pode tornar profunda. é certo que com o passar do tempo, essa cicatriz se aligeira , deixa de ser fisicamente dolorosa. mas sinto-me na obrigação de avisar: cabe-te a ti aprenderes a cuidar dessa ferida, a lidar com ela, a compreende-la e principalmente, a anestesiá-la, pouco a pouco, até que a dor das más memórias se transforme num arrepio na pele, numa sensação estranhamente nova, como uma renascer de um sentimento que desapareceu (no momento em que ele se foi embora)

sorry i'm too complicated

sou demasiado instável. sei que tens tudo para eu gostar de ti, tudo mesmo, acredita em mim, cada detalhe de ti é tão confortavelmente parecido com aquilo que me agrada em alguém. és exactamente o tipo de pessoa com quem eu desejaria estar. contudo, infelizmente não é assim tão fácil. tenho alguma necessidade de paixão, de novidade constante, e tudo o que queria agora é que tentasses ir mais longe. que me surpreendesses, que me olhasses de outro modo e que mostrasses algum sentimento. quero dizer , eu sou completamente sincera e digo que não te amo, mas a tua segurança constante poderia fazer-me muito bem. sei que parece egoísmo, querer mudança quando eu própria não mudo, nesta minha mania de me fartar tão rapidamente das pessoas. mas não é uma questão de ser egoísta, confia em mim. talvez seja apenas por me fazeres bem, por precisar de ti para uma nova etapa, para qualquer coisa estável de que tanto preciso para pôr um pouco de ordem nesta vida louca.

terça-feira, 10 de maio de 2011

psicologia 1#

ora muito bem, está-me cá a parecer que sou bastante eficaz no que toca a distribuir conselhos pelos outros, naquela tentativa (muitas vezes bem sucedida, digo eu) de compreender o que vai nas cabecinhas do ser humano (ou pelo menos dos seres humanos com quem tenho contacto próximo, diga-se assim). 
mais uma vez, há uma falha. a dificuldade em entender a minha própria pessoa é gigantesca, porque parece que maior amálgama emocional não poderia existir. 
posto isto, prometo que vou começar a entender-me melhor. palavras reprimidas é que não, sefáchavor. dái ter voltado a escrever. com um pouco mais de cautela do que nos tempos obscuros , claro. o que interessa é que as palavras me fazem perceber, é saudável e tenho dito !

por vezes (...)

(...) é puro e simplesmente mais fácil deixar as coisas tal qual como estão. o grande problema surge quando não desejamos limitar-nos ao mais simples, mas procuramos a dificuldade desmedida de um desafio. dilemas emaranham as nossas mentes (ou os nossos sentidos), deixam-nos pela primeira vez na dúvida, fazem-nos questionar o que será mais saudável para um orgulho despedaçado. a palavra arriscar confronta-se com o que antes se assemelhava a comodismo,mas que hoje apenas se parece com segurança, com a (não) desejada estabilidade, tão doce, tão cruél.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

para ti.

quero que saibas que é possível ultrapassar. 
sei que não é agradável (talvez até seja um pouco irritante) ouvir dizer que "o tempo tudo cura", mas talvez seja essa a verdade a que tens de te agarrar neste momento. por uma razão ou outra , numa qualquer manhã irás acordar e compreender que tudo muda, e temos de saber lidar com a mudança, seja ela simples ou um pouco mais dolorosa. todos temos histórias para contar , e tu sabes bem uma das minhas particulares histórias. por essa razão, digo-te com sinceridade que (infelizmente ou não) conheço o que estás a sentir, sei que é tudo menos fácil olhar para o futuro quando tudo nos parece perdido, quando parece que o nosso "vício" nos deixou num estado de "ressaca" permanente, em que tudo daríamos por mais um toque, mais uma palavra profunda.
mas sabes uma coisa curiosa? a vida é surpreendente. não interessa se acreditas no destino ou não, não interessa aquilo em que crês, porque em todo o caso podes ser surpreendida a qualquer momento, a qualquer segundo. peço-te para acreditares, porque eu acredito em ti, no teu valor, na pessoa que tens demonstrado ser, em particular ao longo dos últimos tempos. 
se eu  consegui (que estava tão cega, que desiludi tanta gente, que fiz tanto, que tão desapontada fiquei) , porque achas que não vais conseguir? 
há sempre alguém que te vai aliviar essa dor. não te posso garantir que encontres "o tal" (porque não acredito "no tal", penso que isso é uma invenção de irrealismo), mas posso-te dar a certeza de que vais ultrapassar. vais esquecer. vais sentir outra vez . 


(p.s : qualquer coisinha, vamos fingir que não fui eu que escrevi isto, porque prometi que ia deixar de ser lamechas, achas possível ? ahah, adoro-te pá)

i don't give a sh*t abour your f*cking life

muito sinceramente, meu queridíssimo ex-namorado,queria apenas informar que qualquer informação vinda de ti é para a minha pessoa qualquer coisa de extremamente dispensável; trocando isto por miúdos, já que a tua mente poderá eventualmente ser um pouco limitada, o que eu desejo é que não venhas incomodar a pacatez da minha vida nesta bela cidade. logo, seria extremamente desagradável que um dia, durante algum agradável passeio, tivesse de sujeitar os meus olhos e os meus sentidos a um ser como tu. porque bem sabes, eu cá não gosto de ressentimentos, mas figura de parva também não faço outra vez , caso estejas a ponderar voltar a manter algum tipo de conversa comigo. queria igualmente dizer-te que agradecia imensamente que não considerasses este pequeno texto como algo passivo-agressivo , meu estimado amigo, porque nestas palavras não há qualquer ironia nem figura de estilo digna de acto literário. se não atingiste a mensagem, poderei até fazer-te um desenho. 
com muito apreço e um ligeiríssimo pontapé num lugar que não irei revelar (está descansadinho que estou apenas a aligeirar o discurso),  ca. 

quinta-feira, 24 de março de 2011

...

palavra.
é poderosa, é única, cria prazeres intensos e dores abruptas. é capaz de espelhar futuros épicos e destruír vidas  de epopeia. é dona de paraísos ardentes e infernos gélidos. conhece a ignorância dos génios e o poder dos ignorantes. é antítese, é metáfora, é hipérbole. é  vidro cristalino que engana, é a verdade nas entrelinhas. é caligrafia apressada , é carta de despedida e carta de amor.  é inspiração e falta dela, é um fado de saudade e reencontro. é a satisfação de uma angústia.
é orgasmo e sofrimento.. numa frase.

quarta-feira, 23 de março de 2011

i should, but i don't

tenho dezenas de páginas de matéria de Filosofia para estudar , textos complícadíssimos para escrever em francês, um trabalho gigantesco de grupo para macs ,entre outras bodegas.
e o que faço eu nas tardes livres?
passeio.
ahah, boa.

segunda-feira, 21 de março de 2011

long time ago

(algo que escrevi há muito, muito tempo.. )

ela sabia que a pior forma de lidar com aquela situação era fazer um drama.
ainda assim, há coisas que não se controlam.
então passou dias agarrada a pensamentos que não a iam levar a lado nenhum: e o pior de tudo, é que sabia perfeitamente disso, mas não sabia evitá-lo.
conformada perante as circunstâncias, limitou-se a pedir à sua mente, com uma voz fraquinha e receosa, confrontada com tamanha negação:
"não deixes que te afecte, por favor, és fria como gelo.."

domingo, 20 de março de 2011

it feels so fucking good

sabe tão bem, dá um certo prazer olhar para trás e entender que o passado já não assombra, que as memórias que em tempos nos matavam com aquela saudade inatingível estão agora longíquas. e o que resta dessas recordações que apenas serviam para atenuar a dor ? resta uma felicidade esbatida, que se sabia irreal e ilusória, e que assim se tornou numa enormíssima lição de vida com rastos de sorrisos que foram, esse sim, completamente verdadeiros.
finalmente posso afimar que sou capaz de enfrentar o que há algum tempo via como irresístível, e que agora observo quase cm nojo, quase com repulsa.
não posso falar do futuro, do que poderei sentir amanhã ou depois, mas hoje e agora sinto-me eu, eu mesma, e não há nada mais correcto e puro do que isso.
sabe mesmo bem.
que venha mais vida, que venha mais do bom e do melhor, que venham mais momentos sentidos e menos tristezas nestes olhos, porque ninguém merece sofrer quando o aclamado amor é verdadeiro.
(admitindo que isso ainda existe, quando duas pessoas conhecem o significado de uma única palavra : a verdade)

sexta-feira, 18 de março de 2011

don't let me down

foi daqui que veio o meu "gosto bastanti de ti", há alguns meses:

"gostava de te pedir para não me desiludires.. sei que é pedir demais, pode talvez soar a estupidez, mas posso sempre tentar. gostava mesmo que não me deixasses em baixo, tal como tantos já fizeram.
gostava de tanta coisa, mas não sei nada, o que é correcto ou errado.
só sei que gosto bastante de ti. "

domingo, 13 de março de 2011

não contes a ninguém..

...mas eu tenho ciúmes.
(nota: publico isto aqui apenas porque gosto da última frase. o resto são frustrações estúpidas , que já estão fora da válidade. I mean, o texto tem um anito ou dois)
"eu, este ser dotado de uma extrema insensibilidade, de um coração que faz tudo para se manter gélido como pedra, sinto-me agora como uma idiota que se deixa levar por esse sentimento sem qualquer sentido, o ciúme.
a parte gira é que nem tenho razões para isso. nem faz qualquer sentido. se por acaso eu tivesse alguma coisa com ele, aí sim, talvez pudesse admitir um ou dois ataques de ciúmeira, talvez esses fossem minimamente explicáveis. mas assim ? ele não me é nada, e só pelo facto de gastar alguns minutos do meu dia a pensar no sujeito, isso não justifica que me torne numa doente, numa ciumenta.
a minha cabeça não pára de me trair, quando penso que o consegui afastar do meu pensamento, lá está ele de novo.
FUCK. a última experiência acabou muito mal, agora devia era querer ficar quietinha no meu canto, sozinha comigo mesma, amar-me a mim é só a mim, ponto final.
mas estou a ser traída à força toda, encornada pelos meus sentimentos, que em tempos me prometeram ficar longe de problemas.
obrigadinha."

sábado, 12 de março de 2011

just asking

que parte do "apartir de hoje vou ser a maior insensível de sempre" é que o meu músculo cardíaco (era foleiro usar a palavra coração nesta frase) não percebeu ?

e é isto.
estou à espera de uma resposta.

quinta-feira, 10 de março de 2011

indiferença

por vezes descobrimos o melhor dos piores sentimentos: isso acontece com a indiferença.
hoje senti, pela primeira vez em longos meses, que me és indiferente.
tornaste-te num agradável nada com a mesma rapidez com que, há um ano, te transformaste num tudo.
é claro que foste um erro: oh, mas eu adoro cometer erros. adoro (e acabo sempre por fazer) o que quero.
adoro ser como sou, díficil de me apaixonar e completamente louca quando isso acontece.
gostei do meu período instável. fez-me bem, aquele medo de te perder , aquele extâse de drogada em que me deixavas, toda essa mistura de emoções me faziam tão bem e tão mal.
mas agora, segredo a mim mesma que desejo algo novo.
não quero loucura, nem loucos, nem cabrões, não quero nada disso.
(estou-me a tornar numa mimada exigente, sim.)

terça-feira, 8 de março de 2011

teach me a smile again

ensina-me a sentir outra vez.
ensina-me a confiar, a ser feliz nos braços de alguém que me faça a perfeição da maneira mais simples possível. só peço isso.
gostava que entrasses na minha vida e me mostrasses um caminho diferente , uma saída para este labirinto emocional em que me encontro. faz-me acreditar que existe amor sem dor.
(FOI EXCLUÍDA UMA PARTE , decidi censurá-la)
tu consegues. luta, por favor..
porque eu gosto de ti (com a sinceridade de uma criança) ,
e quero ter-te próximo, bem junto a mim (com a carência de um toque).

domingo, 6 de março de 2011

bla bla bla

ando sem qualquer tipo de inspiração.
as palavras surgem na minha cabeça, mas teimam em não querer passar de ideias desorganizadas da minha mente.
talvez seja por ter finalmente ultrapassado o que foste em mim.
senti-te como uma parte importante, uma peça essencial no meu puzzle manhoso, que agora desapareceu sem avisos prévios ou desculpas. trocaste-me ,e depois ? acabei por perceber que também te troquei.
já não te quero a meu lado. ao sair daquele lugar , ao despedir-me de ti com um aceno, pensei quase reflexiamente "és nojento, um bebâdo drogado sem futuro, não vales nada seu fdp".
e esta é a história de como esqueci o meu vício.
parece simples , hem?
espero sinceramente não sofrer qualquer recaída. já tive muitas, confesso.
mas agora tudo é diferente . eu sei que sim. porque pela primeira vez, não houve íman.
por isso, sem magnetismo, sem nada , se um dia te arrependeres e quiseres voltar, vais ficar sem nariz de tanto bateres com ele na porta.
vou ali procurar um tipo de jeito. foste uma boa aventura, e obrigado por me teres ensinado umas coisinhas.

quarta-feira, 2 de março de 2011

heartbreaker

naquela tarde, ela decidira almoçar sozinha, numa tentativa de se encontrar , talvez de modo a reconhecer novas metas na sua vida.. tentava a todo o custo fazer com que a sua cabeça dura se deixasse de esperanças irrealistas.
contudo, enquanto observava as pessoas a passar por si, e tentava pôr as suas ideias um pouco trôpegas em ordem, apercebia-se da dificuldade que tinha em desistir, em obrigar os seus pensamentos a esbaterem levemente a imagem dele na sua mente.
enquanto caminhava sozinha, de novo em direcção às aulas, àquela falta de motivação juntou-se uma notícia, deixada como uma bomba, que a desfez em pó, sentindo de novo aquele estúpido nó no estômago que a esmagava, que a fazia sentir como uma criança desprotegida. nem se preocupou com a aparência que transparecia naquele momento:o seu olhar tornara-se inevitavelmente vazio.
ela perdeu-se nos seus sentimentos. sem saber muito bem porquê, perdeu as forças, entendeu que ele nunca valera o seu esforço.
o amor que sentia por ele, que a fazia arriscar tudo o que tinha, tranformara-se repentinamente numa facada pelas costas que a consumia lentamente.
o tempo passava lento, até que após um longo caminho até casa, meteu a chave à porta, sentindo-se finalmente em segurança para com o que sentia (ninguém podia saber daquela desilusão. não, nem uma única pessoa..).
atirou a pequena mala castanha para o chão, arremeçou os sapatos em direcção à parede , e entrou na casa de banho, ciente de que só poderia partilhar a sua angústia com a água quente do duche, com a pressão das gotas de água na sua face. despiu-se, lentamente, examinando cada traço de si, sorrindo para o espelho, tentando mostrar ao coração que batia fortemente uma nova visão, um convencimento forçado de que tudo estava bem . na banheira, as lágrimas que tanto evitara apoderaram-se de si, questionando a razão daquilo que se passava no seu mundo, na sua vidinha que, apartir do momento em que ele se afastou, deixou de ter o sabor inútil da perfeição.
enquanto passava as mãos pelos fios de cabelo loiro que a fascinavam, confessou para si mesma
"partiu-me o coração, grande filho da .. "
pela primeira vez admitira que alguém a tinha feito perder o juízo. afastara pessoas que lhe queriam bem, cometera tantos erros, puro e simplesmente por ele.
mas foi bom. valeu a pena. sim, ela confessava que tudo aquilo valera a pena.. apesae disso..
"acabou, acabou, acabou. vou-me tornar numa idiota insensível. não quero saber"
naquela momento, acreditou realmente que a paixão não voltaria a lixar-lhe a vida.
dito assim, na altura até teve piada..
porquê ? porque ninguém vive sem amor. aceites ou não, faz parte. ah, e é inevitável que te cruzes com gajos desses pelo caminho. (ela um dia há-de tomar as decisões certas, e saber afastar-se desses tipos. um dia.)

terça-feira, 1 de março de 2011

sem inspiração

ultimamente não tenho tido vontade de escrever, nem uma única linha, nem uma única frase, nem uma única palavra. Sinto falta das emoções que em tempos me inspiravam, sinto saudades dos tempos em que aqui escrevia, sem inibições, sobre as felicidades, as desilusões, os momentos (menos) bons que partilhava.
agora, sinto um vazio. um espaço por preencher, que me ocupa de incertezas soltas que assombram quaisquer esperança.
talvez esteja em ressaca, numa tentativa ténue de seguir em frente, de deixar para trás o que me fez tão feliz. talvez o medo de relembrar o que antes era tão bom me esteja agora a prender a vontade de segredar um pouco mais de mim.
eu tenho saudades. (não só dele, mas também de alguém que se tem vindo a afastar tanto de mim).
mas pronto

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

factos inegáveis

se vais ao congelador à procura de crepes com chocolate, encontras gelado de natas.
contudo, se estiveres à procura do tal gelado, vais acabar por reparar que só há crepes.
ora a minha teoria é que isto nos acontece em tudo na vida: aquilo que procuras desenfreadamente, não encontras. em suma, a vida não te dá limões quando te apetece fazer limonada_em vez disso, decide dar-te litchies (se não sabes o que é, google it) .
posto isto, se estás desesperado à procura de qualquer coisa (não me refiro apenas a comida, como é óbvio), pára de procurar: assim, as tuas probabilidades de conseguires o que quer que seja aumentam.
concluíndo, não tenho moral absolutamente nenhuma para dar qualquer tipo de dicas, mas cá vai: meninas, párem de procurar o príncipe encantado: é inútil. sim, foi aqui que eu quis chegar com todas estas tretas. no amor, quanto mais se quer menos se tem.
se te apetecem curtes, pimba, conheces alguém que quer exactamente o contrário.
se quer assentar e ter uma relação séria, ora bolas, só encontras cabrões que gostam de usar e deitar fora.

por isso, acaba lá com a procura, e sê feliz. com ou sem crepes com chocolate.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

a história dos assfaces deste mundo (estou a falar de uma personagem, logo não conta para o boicote aos textos sentimentais)

muito rapidamente, apeteceu-me contar a mais típica história dos dias de hoje.
ela apaixona-se irreparávelmente por um badboy (sim, adoramos tipos desse género). ora ele, mal se apercebe disso, aproveita-se , como qualquer cabrão faria: o primeiro passo é fazê-la crer que ele a ama,  que ela é sem dúvida a pessoa mais importante da sua vida (ahahah , esta parte até tinha piada se não fosse verdade). de seguida, ela fica absolutamente ceguinha ,porque os beijos dele são perfeitos, o toque é único, e blablabla. dá tudo de si àquela relação, anda por aí a passear-se num extâse de felicidade sem jeito.
fá-lo parecer o homem ideal quando fala com as amigas :
"sinto-me como nunca me senti.. ele faz-me sentir especial, ele ama-me, ele cuida de mim.." (e aqui se incluem outras tretas lamechas)
"estás parva ? ele é um cabrão. o gajo tem o telemóvel cheio de mensagens em que chama amor a outras fulanas quaisquer. não confies nele.."
"oh são só amigas. ele não tem culpa, ele nunca me iria trair.."
"ouve o que te digo, abre os olhos.. isso não é assim. ele é igual a todos os outros."
"não acredito nisso. deixa-me ser feliz"

Dias depois, a sujeita vai bater à porta da melhor amiga, em lágrimas, e só consegue dizer : "tinhas razão.."
e qual é o papel da tipa que passou séculos a avisá-la ?
é dizer " eu bem te avisei ", e apoiá-la ao máximo para que esta não se torne numa pseudo-traumatizada.

98% das histórias de amor (cof cof) são assim.
estou a inventar estatísticas, mas é bem provável que seja verdade .

domingo, 20 de fevereiro de 2011

slapbet

parece que vou ter de esperar pelo menos mais duas semanas para poder ganhar a minha slapbet.
(sim, apostei bofetadas, estalos, estaladas, ou como lhe queiram chamar)
falo disto, porque as outras coisas interessantes que poderia ter para dizer eram simplesmente ofensivas. e como não estou aqui para chamar nomes a ninguém (ui, nunca na vida mencionei que sujeito x ou y era um cabrão, nunca), mais vale estar calada.
por outro lado, também é preferível falar das slapbets (ah , sim , são duas) do que falar de amor, de sentimentos, ou de coisas indecentes (está bem, toda a gente gosta de ouvir falar de coisas indecentes, mas se começar a escrever sobre isso ainda sou mal interpretada e isto ainda chega aos ouvidos da famelga, e não pode ser porque sou uma moça de bem ).
e é por estas e por outras, que declaro que vou evitar falar de coisas fofinhas nos próximos tempos. ou pelo menos vou tentar. (da última vez que disse isto, fiquei um dia sem falar de lamechices, mas pronto).
vá, e escrever textos em que me refira a uma 'ela' não conta como treta lamechas. porque afinal de contas, não estou a falar de mim. é só uma personagem (às vezes).

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

every morning

todas as manhãs, no rotineiro caminho para a escola, sentada no autocarro ( naquele lugar do costume), ela escutava melodias que reservava unicamente para aqueles momentos. aqueles eram os minutos do seu dia em que se permitia a pensar nele: estava sozinha, e a sua mente divagava ,relembrava os momentos que em tempos a fizeram tao feliz. apercebia-se constantemente da sua repetição: as imagens eram sempre as mesmas, a saudade que a invadia parecia nunca se afastar.
ela fingia não se preocupar ,ela é sempre tão boa actriz. no fundo, acredita que se encarnar muito bem aquela personagem _a que ela criou, aquela rapariga fictícia que não quer saber dele_um dia a história poderá tonar-se realidade, poderá arrancá-lo dos seus pensamentos.
caramba. ela tem saudades, mas isso nunca poderá confessar a ninguém.
(supostamente, devia odiá-lo, mas ela tem dois parafusos a menos)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

touch

no final, é tudo uma questão de toque.
de facto, pus-me a pensar nisto:
há diversos tipos de relações.. temos aquele género em que a amizade que os sujeitos sentem é algo similar a uma amizade muito forte, logo há confiança e estabilidade, mas upps, não há chama !
por outro lado, existem as relações em que a paixão é intensa, forte, quase incontrolável.. mas nenhum dos "componentes" do relacionamento se sente seguro quanto ao que está a (tentar) manter , ou seja podem-se deparar com os célebres ataques de ciúmes, com desconfianças (in)fundadas. e assim, neste género de relação, podemos afirmar que se vive do tacto. um pouco da visão, é certo, mas o toque da outra pessoa, que nos enloquece particularmente, faz com que a espécie de ligação que se criou com a outra pessoa se mantenha, de uma forma mais ou menos positiva para os envolvidos.
dito isto, pergunto-me : que tipo de relação será melhor ? confiança sem loucura, ou intensidade sem segurança ?
pessoalmente, eu vivo de momentos; não me importo muito com a duração das coisas, mas sim com a qualidade. aprendi a ser assim apartir do momento em que conheci a pessoa mais instável do mundo_okay, na verdade não foi no momento em que conheci o tipo, mas sim no momento em que me apaixonei por ele.
dizem que quando o que sentimos é forte , nos adaptamos aos defeitos do outro. no meu caso, foi verdade. aprendi a gostar daquela insegurança, daquelas conversas quase cruéis, da falta de confiança.
mas isso é outra história. o ponto que merece ser tocado aqui, é o toque. com isto quero dizer que ,quanto a mim, aprendi a lidar com os defeitos de um gajo odioso, por causa do tacto. cheguei finalmente a esta conclusão ontem à noite: na verdade, quando ele estava longe de mim, nem me preocupava muito, nem me tornava tão obcessiva com este tema. mas quando ele se aproximava, quando estava a escassos metros de  mim, eu aparvalhava por completo. amei-o pelo que os lábios dele em contacto com os meus me faziam sentir, por tudo aquilo que ele fazia despertar (bom ou mau, não interessa).

(o interessante é que achavas piada em dizer "amo-te".
se alguma vez foste sincero ou não, isso agora é contigo.
neste momento já não interessa)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

podia escrever sobre o dia dos namorados..

...mas não me apetece.
estranho , se calhar a gaja que escreve cenas românticas não devia achar o dia dos namorados simplesmente nojento. mas enfim, são pancas, eu odeio este dia (não é por ser solteira, na verdade sou descomprometida por opção), não por ser um dia em que se celebra o amor, mas sim porque se exagera nos coraçõezinhos vermelhos que nada significam.
(já me estou a contradizer , comecei por anunciar que não ia falar disto.. )
mudemos de assunto:
o que realmente me deprime hoje é não ir ver os the script no coliseu. demonstrações pirosas de carinho, posso bem com elas, mas não ouvir 'the man who can't be moved' ao vivo, é absolutamente imperdoável.
e por este andar ,também não vou aos sum41. parece que vou ter de começar a poupar uns trocos para ir aos festivais de verão (que só por acaso AINDA não estão lá muito chamativos), mas pronto.
o que também me põe em baixo é esta chuva. mas falar do tempo na internet é estúpido, por isso já me calei.
e para além disto tudo, de maneira a tornar o meu dia ainda mais perfeito, fiz duas nódoas negras, no pulso e no joelho (obrigada voley). resumindo e concluíndo, foi um dia lindo.
e missão cumprida, consegui fazer um post absurdo e sem quaisquer conteúdos fofinhos (aliás, até digo mal de um dia todo lamechas), e pela primeira vez não há nada de profundo no meio disto tudo.
um dia destes volto a ser uma pessoa sensível , eu prometo.
estou só ali a ressacar de um vício (é um gajo, não é nada de grave) , e daqui a nada sou outra vez uma pessoa sentimentalista.
porque apesar de tudo, eu até acho piada ao amor.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

nem todas as histórias têm um final feliz

(...)
durante meses, ela evitara a todo o custa voltar àquele lugar : sabia que as recordações lhe iam pesar,e que se ia tornar difícil não ceder aos sentimentos.
quando entrou naquele bar, ficou atordoada pela quantidade de 'dejà vus' que sentiu.. não era fácil lidar com aquela sensação, aquele aperto no peito que a sufocava. a coragem que há minutos atrás revelara, tinha agora desvanecido, pois novas histórias, diferentes hipóteses começavam a criar-se, peça a peça, na sua mente. dirigiu-se para a mesa habitual e sentou-se ,numa tentativa de recuperar forças. remexeu na mala, à procura na carteira, e perguntou à amiga:
"O que queres beber?"
"o de sempre, sabes bem que..." 
"okay . até já"
"ouve, não vás lá sozinha.. espera por mim. tu não estás bem! "
ela olhou-a, lábios tremidos e olhar perdido:
"estou.. ou pelo menos tenho de estar. se o encontrar , só me vai fazer bem. não tentes proteger-me porque não vale a pena, o mal está feito, é verdade é que estamos aqui, e eu.. tenho de enfrentar os meus problemas. se ele estiver com outra pessoa, só tenho de sorrir e aceitar. caso contrário, ser forte,e ..logo se vê
"mas eu vou ao balcão contigo. quer queiras quer não. vamos"
ela, assustada com a probabilidade quase certa de se deparar com ele, concentrou o seu olhar na bola de espelhos, que luzia lá ao fundo. fizeram os seus pedidos, e esperaram: ela, um pouco mais calma, sorria para a amiga e tentava começar uma conversa descontraída, comentando que aquele espaço estava cada vez mais moderno , numa conversa que pretendia manter a sua cabeça afastada de outros pensamentos. de repente, naqueles momentos de espera, reparou num olhar estranho, talvez preocupado, que a sua amiga lhe lançou: e imediatamente entendeu a razão daqueles olhos esbugalhados.
 sentiu um toque nos seus ombros, que se revelavam nus com aquele pequeno vestido preto.
era ele.
"já não me vens falar, não avisas que vais passar por aqui.. "
ela virou-se , respirando fundo de forma a arrefecer o seu coração que teimava em ceder.
"uau, agora decidiste ser comediante ? é que estás com uma piada, que nem te digo nem te conto.."
surpreendida consigo mesma, sorriu, orgulhosa com a sua resposta. contudo, aquilo era apenas o início
"não percebo o que se passou. afastaste-te, deixaste de me telefonar, puseste um fim às coisas sem sequer avisar.."
"pronto, eu já reconheci as tuas capacidades humorísticas. agora podes parar , por favor ? "
"leva-me a sério.."
"claro que sim. eu levo a sério tudo o que tu dizes.. da mesma maneira que levo a sério as tuas traições.
e as tuas falsidades, e as tuas mentiras.. "
"ouve, vamos falar para outro lado"
"não. tudo o que te tenho a dizer, pode ser dito aqui. nunca mais caírei nas tuas conversas. nunca mais me deixarei levar pelas tuas mentiras, pelas tuas farsas, pelas tuas palavras quando dizias "amo-te" . acabou-se a história. sem finais felizes, sem beijos de reconciliação. "
"não me faças isto. cometi muitos erros, eu sei, mas isso não é razão para acabar de vez com tudo o que criámos, tudo o que passámos."
"eu já aguentei muito. já aturei demasiada falta de dedicação. custa-me dizer isto,mas .. perdeste-me ."
"espera, não sejas teimosa.."
ela, instransigente , pega na sua bebida e ordena, num tom de voz altivo:
"olha bem para mim, de alto a baixo, olha para cada detalhe do meu corpo, lembra-te de cada pormenor daquilo que sou, por dentro e por fora: tenho a certeza que não querias perder isto, mas a culpa foi tua. vou dançar.. tchau"

E assim ela levantou a cabeça, e foi finalmente capaz de seguir em frente (depois de tantos anos agarrada àquela ilusão), sem olhar para trás, segura de que aquela decisão a tinha feito mais forte. orgulhosamente, reparou que era de novo a mesma pessoa: tinha o seu nariz empinado e a sua independência de volta.
já não era sem tempo.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

I know you're not heartless

Era noite cerrada, céu estrelado lá fora, a estrada cobria-se de geada, o frio adormecia uma escuridão que escondia inúmeros segredos.. ela entrava naquela casa , cheia de recordações, e um nervoso miudinho, crescente , apoderava-se de si sem qualquer hesitação. perante a sua família, era uma actriz perfeita, fingindo uma calma , uma serenidade absolutamente imperturbável. olhava o relógio de parede , na cozinha, desejando que o tempo estivesse do seu lado, escutava distraídamente as conversas dos seus pais, que teimavam em demorar-se ali, junto à lareira, naquele conforto preguiçoso. discretamente, trocava olhares preocupados com a sua irmã, a maior cúmplice, na verdade a única pessoa que sabia dos seus planos para aquela noite. finalmente , passava já da meia noite, a casa adormeceu, num silêncio que escondia todos os seus segredos, e ligou-lhe, dizendo apenas "podes vir".iniciou então um período de espera, que lhe pareceu eterno.. a adrenalina crescia, o corpo tremia, o coração batia freneticamente, o nó no estômago aumentava sem cessar.. até que ele chegou. ela sentiu os seus passos suaves, que subiam o jardim, silenciosamente, num crime perfeito, sem provas, sem rastos.
a rapariga aproximou-se da porta, invadida por uma vontade impossível de gritar , dizer ao mundo , revelar o seu sentimento, ignorar aquele lar completamente adormecido. respirou fundo, abriu a porta, nem sentindo o frio intenso que vinha do exterior: quando o viu, oh, quando o olhou, o vento que soprava por entre aquelas terras era uma ilusão, era apenas um detalhe insignificante, pois ela fervia, sentia-se de novo aconchegada, numa segurança difícil de descrever. ele, arrepiado com o frio e com o momento, abraçou-a imediatamente,apertou-a bem nos seus braços, pousou a face gelada nos seus ombros, e beijou-a ao de leve no pescoço, sem pressas, sem tempo.
ela pegou-lhe na mão, levando-o para o quente da cozinha , " ficamos aqui.. aquece-te, estás congelado. obrigado por teres vindo, eu.." enquanto se explicava, ela esforçava-se para reacender o lume, do qual restavam apenas umas brasas, fracas.. ele riu-se, sorriso brincalhão " tu, meu amor, não tens jeito nenhum para isso. deixa-me ajudar-te , tola. nota-se mesmo que és da cidade"  "estúpido" ripostou ela, rindo-se .
em segundos, a lenha crepitava de novo_ele observava-a, sedutor , orgulhoso do que tinha feito, provocando-a "se não fosse eu , morríamos ao frio"
"desculpa ? se eu não te trouxesse aqui para casa, aí sim, congelávamos. a ver se queres que te ponha na rua."
"tu és sempre tão má. não vês que quero estar aqui contigo?
"ai queres? não se nota"
"nunca conheci ninguém como tu. és tramada, sabias ? vem cá "
puxando-a para o seu colo, ele aproveitou cada toque dos seus corpos, cada pedaço de pele que se roçava,por entre as suas roupas frescas, inadequadas àquele inverno rigoroso. mantendo-a bem perto de si, perguntou-lhe "não tens frio ? pareces-me tão pouco agasalhada.. "
"cala-te, eu estou bem. não ves que não tenho frio?"
"ah, isso é só porque eu estou aqui"
"odeio-te"
com estas palavras, ele prende-a num beijo longo, apaixonado, perdido no tempo..  compreende-a, conhece-a há tantos anos, ninguém melhor que ele para entender que aquele "odeio-te", era afinal um "amo-te", escondido por detrás de um mau feitio que o cativava. ela, enfeitiçada pelo amor que sentia, não mais se voltou a preocupar com a possibilidade de ser apanhada pelos seus pais, de repente, com aquele namorado proíbido, aquele estranho, completamento clandestino na sua casa de campo.
repentinamente, ele pega num relógio velho, que marcava o seu compasso exacto, segundo a segundo, pousado na bancada ao lado da lareira.
surpreendeu-a, retirando a pilha que o fazia trabalhar
"o que estás a fazer ? precisamps de saber as horas.." avisou-o, voz terna de menina
"parar o tempo"
"lá estás tu com as tuas tretas..a tentar enganar-me com as tuas habilidades , com essas frases manhosas"
"vê um bocadinho de honestidade em mim , vá lá."
"está bem, mas .. e se não nos damos conta de que as horas passam, e se adormecemos, e se.. ?"
"perde-te no tempo."
"como consegues deixar-me assim ? eu bem tento, mas contigo, perco toda a minha racionalidade.. pedes-me para me perder no tempo, mas só me fazes perder a cabeça"
"então perde.. perde tudo, não quero saber. só não me percas a mim"
"lá estás tu , tu e o teu romantismo.. era suposto ser eu a lamechas. caramba, és mesmo ..  és mesmo otário.
eu nem sei. dizes-me essas coisas, e eu , e eu.. fico assim.. sem sentido, a tremer . sou tão parva. "

abraçaram-se,de pé, em frente àquele fogo brando, em frente aquela fogueira que os iluminava. aquela luz, aquele fogo , que culminava numa paixão intensa, que ia para além dos limites do seu pensamento, da razao, ultrapassava a linha da ciência, do racional.
naquela noite , ela baixou todas as suas defesas, e entregou-se ao irreparável.
"amo-te" 

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

unexpected

(...)
era apenas mais um dia normal, mais vinte e quatro horas de rotina, num início de semana que se revelava aborrecido, sem expectativas ou supresas..
ela caminhava em direcção ao sítio onde passava todos os seus intervalos, naquela escola que já conhecia tal como uma casa.. seguia ao lado dos seus melhores amigos, os rapazes que sempre a faziam feliz, que a faziam sentir exactamente como ela precisava. e apesar de todas as suas amizades, fortes e duradouras, ela sentia falta dele.. não o via há semanas, e a saudade apertava, a mágoa de histórias por resolver unia-se à vontade de sentir os seus abraços quentes outra vez. mas naquele momento, o seu mundo parecia-lhe certo: ali estava, num dia de sol (tal como ela tanto gostava), sentindo uma felicidade quase suficiente, que naquele momento lhe parecia o melhor que poderia vir a conseguir.
até que, como uma interrupção àquela monotomia, um rapaz , que conhecia da sua antiga escola, e com quem trocava apenas palavras circunstanciais ,simples "bons dias" , foi ao seu encontro, com um sorriso simpático "olá ! olha , há pouco quando saí das aulas, encontrei aqui um tipo meio perdido.. perguntei-lhe se o podia ajudar , e ele perguntou-me por ti.." 
"por mim ? mas quem  é ele, como se chama? "
"pediu para não te dizer o seu nome.. mas ele está lá em cima, no terraço, à tua espera.."
apesar de desconfiada, ela sorriu, ao pensar que quem quer que fosse que estivesse à sua procura, partilhava de certeza a sua paixão por manhãs solarengas, pelo que escolhera o terraço, aquele espaço tão particular para uma escola.. mas prosseguiu " estranho. não faço ideia de quem seja,  vou lá ver .. " "deixa-me ir contigo. ele não me explicou muito bem quem era , e , sei lá, pode querer-te mal.."  ao que ela replicou , assentindo " tudo bem, vamos até lá acima. estou nervosa, e nem te sei dizer porque.."
e assim, ela deixa o seu lugar habitual, sem dar grandes explicações aos seus amigos, sem se preocupar com o que eles poderiam  pensar de toda aquela situação. sai do pavilhão, subindo as escadas até ao famoso terraço, o seu espaço predilecto, o lugar que escolhia quando sentia a necessidade de esquecer que se encontrava numa escola, num local cheio de obrigações..
enfim, ao alcançar aquele recanto solarengo, vê um rapaz loiro, de costas..  nesse instante, paralisa. o seu corpo congela, o coração mostra um desejo ardente de saltar do peito.. sente-se tonta, extasiada , louca.. sentindo a sua presença,o rapaz vira-se , olhando-a com ternura, talvez controlando-se para a beijar , a abraçar, acabar com toda aquela saudade que o tem invadido desde que a deixou, desde que se despediu dela, naquela noite gelada de janeiro passado..
de repente, ela deixou a sua pequena mala deslizar pelos braços, até chegar ao chão, numa queda lenta.. num gesto igualmente vagoroso, pousou os seus livros no chão, ainda molhado das chuvas dos últimos dias. e, consciente de cada movimento, aproximou-se dele, com passinhos de bebé, uma expressão inocente, que contrastava com os seus lábios perfeitamente pintados de vermelho vivo.
tocou-lhe , sentindo cada detalhe da sua face, como numa confirmação de que ele não era uma miragem, um fruto da sua imaginação.. ele era real, estava ali , a seu lado. foi unicamente capaz de lhe murmurar junto ao ouvido "vieste.."
ele, petrificado com a emoção do momento, não encontrou grandes palavras, grandes ditos, dizendo-lhe baixinho " o prometido é devido, loira"
deram as mãos, olhando-se nos olhos, relembrando o último beijo que trocaram..os seus lábios tocaram-se  de novo, numa perfeição impossível, num momento só deles, que partilhavam com uma entrega absoluta, uma entrega comparável à grandeza de um universo.
"porque decidiste vir, sem avisar? " questionou-o.
"lembraste da última conversa que tivemos ? pediste-me provas, acções que demonstrassem, mais do que qualquer palavra, o amor que procuro quero viver contigo"
"sim, mas.. vieste de tão longe.. eu .. eu só nao te quero perder outra vez, o resto não interessa.. não me deixes nunca mais"
"loirinha, eu vim para ficar .. vamos lutar por isto, juntos."
"vieste para ficar ?"
"sim. deixei tudo para trás... " revela-se apreensivo, por um milésimo de segundo "tudo se vai compor . ajuda-me a começar de novo..por favor"
"tu não vais começar de novo. nós vamos começar de novo. os dois. nunca mais terei de pensar que estás longe. nunca mais terei de passar pelo sofrimento de não te ver durante meses, de não te poder tocar.. "
"estarei a teu lado todos os dias.. prometo-te. eu quero-te tanto , minha pequena"

e ela nunca mais sentiu a mesma tristeza, a mesma melancolia, a mesma rotina..
junto dele, ela nunca mais foi a mesma.
(...)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

please don't stop the rain

(...) e naquele dia de verão,chuvoso e contrastante com o quente dos últimos dias, ele manda-lhe um bilhete , pedindo-lhe para se encontrarem às onze da noite, no local onde há exactamente três anos se conheceram. ela, apesar de ainda coberta de sentimentos de raiva , apesar de ainda destroçada, assentiu ao seu pedido, confiante de que poderia finalmente libertar-se dos seus fantasmas, berrar com ele, deixar-se levar pela emoção que ao longo de todos aqueles meses escondeu. já noite cerrada, céu coberto de nuvens, trovões iniciavam a melodia lá longe , e ela percorria aquele caminho que tantas vezes tinha feito, esse percurso que antes fazia feliz, fazia-o agora vagarosamente , com tremuras e arrepios que a assolavam continuamente. chegada àquele banco de jardim, a chuva começou a cair, gota a gota, como um presságio de qualquer coisa inevitável. ela olhou-o, observou cada detalhe do seu movimento ao levantar-se, e manteve-se quieta, calada, respiração sustida. nesse segundo, percebeu que ainda o amava.. contudo, esforçou-se (em vão) para apagar esse sentimento de si, que quase tinha conseguido esquecer , passado todo aquele tempo.. e naquela luta contra os seus sentimentos, ele aproxima-se dela, pegando-lhe na mão , tentando dar-lhe um beijo de perdão no canto do lábio .. rapidamente, tomada por uma miscelânia de sofrimento e raiva, ela afasta-se, vira as costas, e grita : NÃO ME TOQUES !
ambos começam a chorar , em lágrimas sentidas que se misturam com as gotas de chuva, que se tornam cada vez mais densas, cada vez mais regulares.. os seus corpos tremem, não por estarem cada vez mais gelados, mas sim por temerem aquela discussão,aquela separação definitiva..
ele tenta aproximar-se de novo, sussurrando "desculpa-me.." , ao que obtém de resposta um "nunca.." , que se pretendia forte e assertivo, mas acabou por ser fraco, triste..
"eu quero-te. deixa-me voltar para ti.. olha para mim. não vês sinceridade no que sinto? por favor.." ele tenta, ele tenta .. a rapariga, apesar de desprotegida, mantém-se firme, atacando "sinceridade ? o que percebes tu disso ? estragaste o valor das palavras ! como queres que acredite em alguém como tu ? não sabes o significado do verbo amar. assassinaste o sentido da palavra confiança. esquece tudo. adeus"
"não vás!" ," de que vale voltar? ", " eu mudo, eu prometo..", "não quero saber das tuas promessas.." "desta vez não são só promessas, são acções ! "
e os relâmpagos começam a rebentar ao seu lado, os raios atingem o espaço que os rodeia, a chuva é intensa, a chuva não pára, tal como aquela discussão..
ela chorava sem cessar , procurando forças para continuar a negar ..
"então estou farta de palavras. CALA-TE ! dá-me gestos, acções. dá-me tudo menos mentiras. fartei-me.."
a respiração dele tornou-se ofegante, igualmente desesperado..
ela virou as costas, iniciando o seu caminho de volta para casa, quando o rapaz , inevitavelmente , a agarrou ,completamente cego, abraçando-a com força , apagando todas as suas desconfianças..assim ficaram, durante longos minutos, debaixo de uma chuva que quase lhe parecia quente, apaziguadora..
"eu não posso.. eu tenho de ir.." explicou ela, numa última tentativa ..
"não , não vais. se fores, eu morro. "
"oh. és um traste"
(...)

sábado, 5 de fevereiro de 2011

repugnant

quando leio os textos que lhe escreves, quando os meus olhos se deparam com aquelas palavras de amor, sinto nojo , nojo dos nossos corpos que se tocavam, nojo de te ter beijado, nojo de andar contigo de mão dada na rua. ao pensar em ti, ao olhar para uma fotografia que antes me fazia tão feliz, hoje sinto repulsa do ser que és, do êxtase que em tempos causavas em mim.
leio e releio aquelas palavras, a raiva cresce , a vontade de te esbofetear é enorme, mistura-se com a tristeza de uma perda.. cresce em mim um ódio que jamais conhecera.
lembras te de te querer ao meu lado para sempre ? agora, quero-te afastado, quero-te o mais longe possível, desejo que desapareças do meu coração.
nunca conseguirei entender como é possível alguém provocar tanta repugnância, com uma traição que não é física, mas que apesar disso é muito pior de se suportar, pois é um engano que se provou com palavras, com textos que deviam ser sinceros e não acredito (nem sequer minimamente) que o sejam.. estragaste o valor da palavra , o valor de frases importantes que se sentem cá dentro, e pior, estragaste o valor do amor.
Tchau , vai e não voltes.

desilusões

há sempre alguem que nos desilude, seja intencionalmente ou não..
a dor é grande, a frustração de termos dado confiança a determinada pessoa invade-nos, perdemos o chão de uma maneira que , à partida, nos parece irremediável..
a desilusão, impossível de evitar ,faz-nos questionar o valor que alguém tem para nós, faz-nos perguntar se valeu a pena tudo o que fizemos, toda a luta, todo o sofrimento..
mas na realidade, é preferível uma desilusão, que nos vai trazer um acordar diferente, que nos vai abrir os olhos para o futuro, do que continuar a viver uma mentira que nos parece tão correcta, tão saudável.. e feliz.
por vezes as mentiras trazem-nos mais felicidade de que as verdades,que podem ser verdadeiramente cruéis , que magoam.. apesar disso, a verdade é transparente, límpida, abre-nos a mente a um novo ínicio, dá-nos a hipótese de ultrapassar mágoas e começar de novo qualquer coisa.
também é verdade que aundo alguém nos desilude, perdemos a confiança não só com quem nos magoou, mas também com os outros, pomos em causa os sentimentos, se serão verdadeiros ou apenas mais uma mentira no meio de tantas..
acima de tudo, por mais que a tristeza te invada, a vida corre lá fora, bem a seu ritmo, e a tua única opção é continuar , seguir em frente, procurar de novo alguém que te faça acreditar , alguém que mereça a tua dedicação, e não te traga mais sofrimento, mas sim um pouco de honestidade.
vai à luta por aquilo que queres, esquece quem não merece a tua atenção..

porque o amor é estúpido, mas eu não sou.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

eles

pela primeira vez, ela ama num cenário diferente, em que as paixões daqueles dois seres se revelam por entre a areia branca de uma praia vazia, por entre o mar que, muito quieto, os presenteia com os reflexos de uma noite que aí definha, mostrando os primeiros sinais da manhã que se aproxima quente, solarenga. estão juntos, próximos, unidos pelo sentimento que nenhum dos dois sabe exprimir por palavras: apenas as suas mãos unidas e o olhar profundo que trocam  fazem com que se deparem com a beleza de um amor puro, contudo aparentemente sem futuro.
ela finge não se preocupar com futuros, mas intimamente deseja que aquele momento dure para sempre.. que aquela praia vazia, que escondeu os seus beijos e as suas carícias durante uma noite perfeita de início de verão, se mantenha ali, suspensa numa eternidade única, ilimitada..
ela guarda para si o desejo de criar laços duradores, algo especial, que resista a quaisquer medos ou hesitações.. ela , naquele silêncio que a perturba ao mesmo tempo que lhe confere prazer , imagina uma fuga, um plano imperfeito de uma vida perfeita, vida essa sem passados, sem obstáculos, uma vida.. a dois.
perde-se nos seus pensamentos, sendo levemente acordada por um beijo suave no pescoço, tranformando-se numa voz sussurrada , que lhe pergunta " em que pensas ? ", ao que ela responde, com a sinceridade de uma criança , voz trémula , "tenho medo..". e nesse instante,ele abraça-a como nunca tivera feito, partilhando as suas inseguranças, oferencendo a força da paixão, confortando-a..
e por entre aquele abraço sincero, numa mistura de pele humedecida pela água salgada com a areia branca que arranhava os seus corpos, ele espelha a sua alma na dela, como numa telepatia perfeita , e sugere-lhe, com a confiança de uma vontade partilhada :
"vamos fugir?"

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

next time

da próxima vez,
vou entrar em grande, mini vestido preto,  salto alto de 10 cm, baton vermelho, e sussurar bem ao teu ouvido : "hey baby, foi isto que perdeste".

(e vais ficar bem quieto, vais ver o meu corpo dançar pela noite dentro, vais entender que o teu controle sobre mim acabou, a cegueira deu lugar à lucidez de alguém que finalmente se fartou. vem a meus pés, observa, faço de ti meu servo, és escravo da minha vontade, e essa, que já escasseava, terminou).

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

nothing to hide

não tenho nada a esconder.
se algum dia encontrares estes textos, se algum dia leres tudo o que aqui partilho, e te identificares com o que escrevo.. sim, aí vais perceber que tudo isto é sobre ti.
não gosto de falar em pessoas concretas, muito menos gosto de referir nomes: só o faço quando o considero necessário, ou me sinto confortável ao fazê-lo.
não tenho medo de ser julgada por aquilo que aqui componho. são memórias, momentos, partes de uma história que está cheia de riscos, pontos de interrogação, reticências..
é uma história que partilho com quem quero, é algo que vem dos meus sentimentos mais profundos, é o revelar de uma faceta , por vezes mais sensível, que conheci em mim.
nem sempre escrevo sobre as minhas vivências, é certo. por vezes mostro um pouco do mundo que me rodeia, escolho revelar fragmentos das minhas ambições, do que desejo mais intimamente.
não questiono se será um erro sujeitar-me ao olhar de qualquer um, não sinto vergonha ou receio de revelar o que escrevo : são apenas reflexos do meu mundo, e verdade seja dita, só lê estas palavras quem realmente quer. cada vez menos sinto medo de julgamentos , cada vez mais tenho vontade de mostrar as minhas (por vezes tontas) reflexões.
admito a complexidade do que sinto, por vezes a falta de realismo nas minhas observações.
mas sabe bem. sabe bem mostrar o que sou, o íntimo de uma confusão de pensamentos que se cruzam no meu caminho.
e em vez de estar aqui a divagar, bem podia ter dito, com toda a simplicidade , "eu escrevo sobre o que me apetece". contudo, uma vontade de vasculhar na palavra faz-me procurar mais, faz-me desejar ser inspirada por ti, por nós, por um mundo estranho.

ah boa, tenho "i love you" escrito na perna

tenho "i love you " escrito na perna. lindo, isto tem tudo a ver comigo. onde está o meu eu indiferente, insensível, talvez até racional ? não sei, provavelmente estará de férias.
e como ainda estou um bocado traumatizada com as provas de amor (ou o que lhe queiram chamar), não me apetece falar de amor. hoje não : esgotei a minha paciência. encontro-me num período de espera.. à espera de uma decisão, à espera de qualquer coisa concreta. estou numa espécie de corda bamba, dependente dos sentimentos de outra pessoa _não,cala-te boca, lá estou eu a falar de lamechices outra vez.
tentando mudar de tema,hoje apercebi-me de que a minha vida é uma instabilidade total: neste momento vivo numa incerteza emocional, estou fisicamente estoirada e intelectualmente estúpida _ logo, sem vontade de estudar. pela primeira vez, não me apetece pensar em coisas profundas, ou resolver problemas . quero falar de futilidades , coisas sem valor, que não me façam queimar os neurónios a tentar compreender alguém.
estou numa de não exagerar , de não pensar mais do que devo.
talvez esta seja uma boa estratégia, talvez não.
é claro que os problemas não se resolvem sozinhos (continuo a pôr em causa as emoções dele, continuo a pôr em causa o futuro), mas isso não significa que não possa fazer uma pausa, e esquecer todos esses medos, todos esses becos aparentemente sem saída.
vamos lá ver se consigo parar de stressar .
pode ser que tu me tragas alguma segurança, um dia.

domingo, 30 de janeiro de 2011

I don't want to fall asleep

não conseguia adormecer .. sabia, sem qualquer dúvida, que sonharia contigo..
o meu coração assustava-me, batia freneticamente, revelava o medo de cair num sono profundo em que tu, inevitavelmente, virias ao meu encontro.
olhava o relógio, vezes sem conta, as horas passavam.. até que, madrugada dentro, adormeci, num sono nervoso, receoso dos sonhos que o meu coração transformaria em pesadelos talvez auto-destrutivos.

adormecida, naquela realidade imaginada (que parecia tão clara), encontrei-me sentada num sofá, numa sala que outrora estivera em obras, e que naquele momento se mostrava luxuosa, cheia de gente ..talvez estivessemos numa festa, numa qualquer celebração, não sei. a verdade é que entraste por ali, sem qualquer aviso ou justificação, e te vieste sentar ao meu lado, calado, substituíndo a força das palavras por um só olhar. agarraste-me nas mãos, suavemente (como só tu sabias fazer), tocaste-me na pele com perícia, como que para acalmar as tremuras que aí me assolavam. os olhares daquela pequena multidão ignoravam-nos, como se fossemos almas perdidas naquele universo só nosso, naquele espaço que nos unia ao mesmo tempo que nos separava. ainda te oiço, com voz doce, sussurar-me ao ouvido "amo-te". por segundos, naquele produto da minha estúpida imaginação , senti que o meu puzzle estava de novo completo, que o mundo, antes desfeito em mil peças, estava outra vez composto numa só . retribuí, murmurando "também te amo", e acreditei que aquela segurança, aquela verdade, tudo era inabalável, tudo era absolutamente indestrutível.. como só num sonho poderia ser.

sábado, 29 de janeiro de 2011

it's just another brick in the wall

este foi um fim de semana difícil , de perdas.
a morte de alguém que está no seio de uma família, dói, faz-nos pensar na efemeridade da vida, faz-nos questionar o sentido do que raio andamos para aqui a fazer.
e quando uma pessoa que supostamente nos faria feliz, no meio de toda essa dor, decide deliberadamente deitar-nos abaixo, com ciúmes despropositados, eu pergunto, será essa pessoa digna da minha atenção?
eu estava frágil, a vida mostrava-se cada vez mais desapontante, e tu nem te preocupaste em saber se estava bem. na verdade, preferiste preocupar-te com as conversas do facebook : ah , claro, já me esquecia que a tua vida anda à volta das redes sociais.

eu sempre fui avisada. sempre ignorei esses avisos, mesmo quando feitos pelas pessoas que mais me amam.
lutei, chorei tantas lágrimas, embora soubesse que era impossível uma relação destas ter qualquer tipo de futuro.. tanto acreditava na impossibilidade de fazer isto durar, que , pelo menos, me posso orgulhar de ter aproveitado cada momento. guardei em mim cada segundo, cada beijo de despedida, cada abraço de saudade, tudo muito à minha maneira, tudo envolvido numa perfeição talvez uim pouco inventada na minha cabeça (ou no meu coração).
fizeste de mim uma pessoa mais fria, com menos vontade de confiar ou acreditar em alguém. não me importo com isso, porque enfim, o mais importante nisto tudo foi que aprendi uma lição para a vida.
já na sexta feira alguém me dizia que um dia , depois de muito bater com a cabeça no mesmo muro, conseguiria abrir os olhos, e perceber a essência de quem me rodeia. muito bem, esse dia chegou.

agora, quero meter nesta cabeça tola a ideia de que desta vez não há volta a dar.
ainda te amo, é certo, mas com o tempo espero pensar em ti como apenas mais uma frase na minha história.
sei que já repeti isto inúmeras muitas vezes, há tantos meses, tantos dias, tantas horas que ando a prometer a mim mesma que serei capaz de te esquecer.. mas desta vez, a tristeza de te perder misturou-se com raiva.. e eu considero isso como um sinal de que me apercebi de todas as minhas idiotices.
termino, apenas dizendo que apesar de toda a dor, fico com todos os bons momentos que passei contigo, fico com as boas recordações.
desde o momento em que te conheci, sentada à beira daquela fonte , numa noite fresca de verão, até à noite em que te beijei às quatro e meia da manhã, numa primavera chuvosa, até à noite em que nos sentámos junto à lareira, quando lá fora o gelo e o vento contrariavam o calor daquela casa.

Amei, errei, fui otária, fui feliz, já não o sou.
mas caramba, não me arrependo de nada .

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

mais merdas sobre o amor

o amor é fodido, já dizia um gajo que escreveu um livro. E tinha razão ! Nestas coisas, toda a gente perde os neurónios: podes ser frio ou racional, mas se te apaixonas, estás oficialmente idiota, lamento. provavelmente, é por estas e por outras que tantaa gente prefere as chamadas curtes, sem significado, em que a única lei que existe é a da atracção : há quem ache muito boa a adrelina de beijar um desconhecido, a experiência de um one night stand. Ora muito bem, compreende-se. Mas pff, o amor é difícil, é certo, contudo isso ñ signfica que ñ valha a pena arriscar . vale sempre a pena, a vida é demasiado efémera para andarmos aí com medo de revelar os sentimentos, tentando escondê-los , fingindo que não existem.
Não percebo qual é o drama em falar do que se sente : ñ tenho problemas nenhuns com isso, está dito, quem quiser que leia estas conversas lamechas, quem não quiser que ignore.


 Considero-me uma pessoa verdadeira, que diz e escreve o que vai cá dentro e nada mais que isso: pois que eu amo as palavras, gosto de disfrutar do seu significado mais profundo, e sou assolada pelas inseguranças que uma pessoa difícil, talvez com dificuldades em falar desses famosos sentimentos, me transmite, a cada dia que passa. Diria até que o teu amor (ou antes,o meu amor por ti) me dá o maior prazer e a pior frustração que algum dia poderei sentir.
Como um vício, como algo irreparável e inesquecível, como qualquer coisa absolutamente inexplicável que me involve o corpo e a alma.
Nunca acreditei em "felizes para sempre", sempre fui realista apesar dos pseudo-romantismos. Prefiro acreditar em momentos, abraços apertados, beijos que duram para sempre, numa eternidade muito própria.
amo-te

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

um pouco mais de ti

podia pedir um pouco mais de ti.
podia desejar falar contigo toda a hora, podia querer palavras românticas a cada dia que passa, palavras essas que poderiam aliviar a saudade , que poderiam tornar menos longos os quilómetros que nos separam.
mas só te peço que estejas comigo.. que me digas que sou tua , que sejas só meu e de mais ninguém.. por favor, de mais ninguém. a tua presença faz-me falta , quero ver-te de novo perto de mim, quero ter-te de novo abraçado a mim , sentir o cheiro a tabaco nas tuas roupas, puxar-te para junto dos meus lábios, e saborear cada pedaço do que me dás. é um poço sem fundo, esta saudade que destrói, mas agarro-me às recordações de cada carinho que trocámos.. e quando duvido dos teus sentimentos, quando penso que sou apenas mais um desejo físico do teu corpo, lembro-me de um olhar, de um abraço, que diz muito mais do que qualquer palavra.
ainda tenho dúvidas, que me consomem a cada segundo..
mas quero-te com tudo o que tenho, sinto esperança em sentir-te ao meu lado, todos os dias, sentir cada toque teu, enfim, deitar-me junto de ti numa noite escura e fria, e acordar ao amanhacer, abraçada no teu pescoço quente, e olhar o sol que se ergue no horizonte, que me diz que o futuro nos sorri.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

lamechas

lá se foi a pausa nas lamechices: não me interessa se escrevo sobre romantismos, sobre momentos perfeitos ou beijos profundos; interessa-me apenas que escrevo para mim, porque as palavras, cada uma com o seu encanto, me fazem sentir completa.
é claro que posso descrever momentos, falar de sentimentos,com palavras sentidas, verdadeiras.. mas confesso que por vezes me sinto impotente perante a força dos momentos, sinto receio de não conseguir exprimir pelas letras aquilo que está cá dentro. porque o que tenho guardado dentro mim é complexo, difícil de explicar ou compreender numa conversa banal.. sinto necessidade de partilhar com quem aparece uma história de vida, uma experiência, um sonho concretizado ou falhado.
e é por isso mesmo que falo de ti. continuamente, talvez me torne aborrecida, é certo, mas faz-me tão bem.. sinto-me tão mais humana.
cada segundo que passei contigo, nestes dias que o tempo teimou ser demasiado veloz, foram meus, são meus, e sempre serão_mas mais do que meus, ou talvez teus, são os nossas memórias, são a ligação que vai ficar quando esta relação extasiante e doentia acabar.
aprendi a aceitar os teus defeitos (por mais que eles fossem) e a aproveitar cada beijo que podemos trocar , pois conheço a tua instabilidade, contigo o dia de amanhã pode significar desconfiança ou traição.
sinto vontade de lutar pelo meu fruto proíbido, é certo que também tenho receios e medos, mas cheguei à conclusão de que a paixão que me incendeia é muito superior às más-línguas, a boatos com ou sem fundamento. não quero saber se me chamam estúpida , burra, o que quiserem, tenho noção de que prefiro inúmeras vezes chorar por um grande amor falhado, do que por um amor que simplesmente não se concretizou, por cobardia.
desafias os meus limites, eu alcanço as tuas metas, numa mistura de amor-ódio inseparável (sei lá eu).
se posso imaginar um futuro a longo prazo contigo ? Não. estás longe, é verdade, vejo-te duas míseras vezes num mês, mas e então ? não deixo de te querer para mim, só por causa disso.
se sou otária ? epa, talvez . mas sou uma otária feliz.

mais valia estar LÁ...

...em vez de estar aqui, a apanhar este frio nojento . ao menos lá ainda podia nevar, ainda tinha a lareira, e guess what, ainda te tinha a ti.
juntos passámos momentos únicos, que estão bem guardados no meu peito.
quando me sentir um pouco mais inspirada, hei-de escrever sobre este fim de semana que passou.. mas primeiro, há que esperar que os neurónios descongelem.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

to the place where i spent the best moments

Acontece que vou agora para "lá".
Espero que não me desiludas amor.. porque hoje deixaste-me feliz.
quero que faças parte da minha vida, ainda mais. fica comigo, vamos construir qualquer coisa.. ainda tenho um pouco de esperança em relação a ti.
Domingo cá estarei parar escrever..
e partilhar os bons (ou maus) momentos que vivi.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

as últimas do facebook, depois do tiago se ter lembrado de escrever um estado no meu perfil sobre o fofinho do coiso

mt benne tenho umas coisinhas a dizer: qd vi o que o tiago pôs aqui, tásse bem, ele é meu irmão e preocupa-se cmg, e ainda bem. pr outro lado, é claro q entendo alguns coments que fizeram, pq gostam igualmente de mim e preocupam-se c o que me possa acontecer. tenho apenas a dizer que vos amo imenso , estão smp comigo, mas que enfim, eu sou responsável pelas minhas acções.. sejam elas correctas ou erradas.
sei que às vezes sou muita estúpida, mas ñ houve alguém que disse que o amor era cego ? <3
posso estar cega, mas ele significa muito para mim. quando digo que o amo não o digo apenas da boca pra fora, pq para mim as palavras valem ouro, quem me conhece sabe que ñ as desperdiço sem razão.
vejo-me muitas vezes num dilema, será que vale a pena manter uma relação à distância?
todos dizem q nao, mas eu tenho esta mania de querer o impossível !
fodasse, ele é mesmo muito para mim, lamento.
é claro que já sofri, mas o que é a paixão sem o melhor e o pior dos sentimentos ?
estou disposta a lutar, e sim, os momentos bons que já tive prevalecem sobre todos os outros. acredito que , embora o que sinto parece idiota aos olhos de toda a gente, é algo forte e importante, enfim.
e sim, isto é lamechice e estou para aqui a falar da minha história do facebook, mas é apenas a prova de que não tenho nada a esconder .

amo-vos por tudo ! amo aqueles que me protegem, que me dão a palavra certa no momento certo, que partilham comigo todos os momentos, mas tbm amo aquele que já me proporcionou momentos inesquecíveis.
peço-vos que estejam sempre aqui, como até agora, porque eu também estarei sempre aqui para retribuír.
e assim concluo,sem medo que estas palavras caiam no ridículo, na estupidez, na discussão, porque acredito que ainda haja que consiga ver a sinceridade destas frases que aqui estão escritas, sem hipócrisias, sem falsidades, sem mais nada senão a verdade, que eu tanto prezo.
E TENHO DITO CARAI !

trust me

pedia confiança, pedia toda a confiança que me pudesses dar.. pedia sonhos, pedia amor retribuído, pedia um beijo ao luar que me fizesse crer que toda esta angústia vale a pena.
talvez se aqui estivesses tudo fosse diferente.. talvez esta paixão viciante deixasse de me assombrar de sofrimentos, talvez conseguisse amar-te de uma forma menos doentia.
contudo a minha burrice , a minha cegueira pelo que sinto por ti é imensa, é demasiado complexa, já tem em si um oceano de lágrimas, fotografias com o mais puro dos sorrisos, beijos intensos roubados por entre a noite fria que tremia lá fora. ultrapassas qualquer explicação lógica, fazes as palavras parecerem insuficientes para descrever tudo aquilo que és e tudo aquilo que gostaria que fosses.
os quilómetros continuam a passar, as desconfianças aumentam a cada gesto que te parece falso, tudo me impossibilita de ir mais alto e acreditar de que um dia será possível olhar para o futuro a teu lado.
oh, quantas vezes já não me passou pela cabeça, quantas vezes já não me perguntei se não serias uma maldição, alguém que apareceu na minha existência para me fazer sentir o pior e o melhor dos sentimentos.
sei que és o bem e o mal, o ódio puro e o amor verdadeiro, a bondade de um diabo estranhamente comparável à astúcia de um anjo.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

estás fodid*

o dilema em que estava transformou-se em qualquer coisa muito clara, fácil, cuja resolução até não vai estar nas minhas mãos.. mas sim nas tuas. pois é amor, foi isto que decidi : é a tua vez de jogar, e os teus movimentos vão ditar o nosso futuro. sabes que não sou nenhum objecto que possas utilizar sempre que desejas, e por isso, se te armares em filho da put* comigo, aí vais ver os teus "objectivos" completamente deitados abaixo.. tu percebes o que quero dizer.
se não entendes, posso tentar ser um pouco mais explícita:
um passo em falso, e podes esquecer tudo, por completo.
nunca te esqueças que, para termos o que querermos, não basta fingir que nos esforçamos.. é preciso ir à luta e dar provas de que estamos dispostos a fazer tudo por alguém.