este foi um fim de semana difícil , de perdas.
a morte de alguém que está no seio de uma família, dói, faz-nos pensar na efemeridade da vida, faz-nos questionar o sentido do que raio andamos para aqui a fazer.
e quando uma pessoa que supostamente nos faria feliz, no meio de toda essa dor, decide deliberadamente deitar-nos abaixo, com ciúmes despropositados, eu pergunto, será essa pessoa digna da minha atenção?
eu estava frágil, a vida mostrava-se cada vez mais desapontante, e tu nem te preocupaste em saber se estava bem. na verdade, preferiste preocupar-te com as conversas do facebook : ah , claro, já me esquecia que a tua vida anda à volta das redes sociais.
eu sempre fui avisada. sempre ignorei esses avisos, mesmo quando feitos pelas pessoas que mais me amam.
lutei, chorei tantas lágrimas, embora soubesse que era impossível uma relação destas ter qualquer tipo de futuro.. tanto acreditava na impossibilidade de fazer isto durar, que , pelo menos, me posso orgulhar de ter aproveitado cada momento. guardei em mim cada segundo, cada beijo de despedida, cada abraço de saudade, tudo muito à minha maneira, tudo envolvido numa perfeição talvez uim pouco inventada na minha cabeça (ou no meu coração).
fizeste de mim uma pessoa mais fria, com menos vontade de confiar ou acreditar em alguém. não me importo com isso, porque enfim, o mais importante nisto tudo foi que aprendi uma lição para a vida.
já na sexta feira alguém me dizia que um dia , depois de muito bater com a cabeça no mesmo muro, conseguiria abrir os olhos, e perceber a essência de quem me rodeia. muito bem, esse dia chegou.
agora, quero meter nesta cabeça tola a ideia de que desta vez não há volta a dar.
ainda te amo, é certo, mas com o tempo espero pensar em ti como apenas mais uma frase na minha história.
sei que já repeti isto inúmeras muitas vezes, há tantos meses, tantos dias, tantas horas que ando a prometer a mim mesma que serei capaz de te esquecer.. mas desta vez, a tristeza de te perder misturou-se com raiva.. e eu considero isso como um sinal de que me apercebi de todas as minhas idiotices.
termino, apenas dizendo que apesar de toda a dor, fico com todos os bons momentos que passei contigo, fico com as boas recordações.
desde o momento em que te conheci, sentada à beira daquela fonte , numa noite fresca de verão, até à noite em que te beijei às quatro e meia da manhã, numa primavera chuvosa, até à noite em que nos sentámos junto à lareira, quando lá fora o gelo e o vento contrariavam o calor daquela casa.
Amei, errei, fui otária, fui feliz, já não o sou.
mas caramba, não me arrependo de nada .
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