é só para dizer que tenho algumas saudades tuas. não daquelas saudades que doem, que nos massacram durante cada segundo do nosso dia, mas sim daquelas que nos fazem uma certa confusão. sinto falta da música, do toque, dos risos, do secretismo e da excitação. principalmente das sensações, daquele morder de lábios, da casualidade tão simples e tão fácil.
eu gostava daquela liberdade, sabes? esse beijos que acendiam qualquer chama, que derretiam o icebergue do titanic. fod*a-s*, tu tens mesmo jeito.
a minha história? vive de forças, fraquezas,reviravoltas.. e de ironias do destino.
quem anda a espreitar as reviravoltas ?
sábado, 16 de julho de 2011
quinta-feira, 14 de julho de 2011
#1 inspired by pictures
Caminhavam lado a lado, naquela pequena praia , agora completamente vazia. Aquele fim de dia revela-se quase assombroso, o sol que outrora brilhava era neste momento apagado por um céu tempestoso,quase assustador. Porém, não seria a chuva,nem sequer um improvável tornado, que os afastaria daquele lugar. Ali estavam,os dois, com um único propósito: deixar que o mar lhes levasse os rancores, o ressentimento que um dia os separara.
Ela queria tanto gritar , dizer-lhe a alto e bom som que lhe parecia tão impossível perdoá-lo, que o que ele lhe tinha tirado era absolutamente único e irreparável, que tudo aquilo que ficara por dizer ainda a consumia, ainda a feria suavemente. Sempre que tentava falar, as palavras ficavam presas nos seus lábios ,sentia-se perdida nas emoções que a assolavam. até que, sem nunca o olhar nos olhos, começou.. : "um dia gostava de te entender. juro-te. gostava realmente de não te olhar como uma pequena maldição,que foi em tempos o maior êxtase, o melhor que já senti em mim.."
ele, emocionalmente engolido por aquele mar imenso, balbuciou "sei bem o que te fiz. sei bem que te roubei o pior que alguém pode tirar.."
"a capacidade de amar. foi isso que me tiraste, bruscamente, com as mentiras do passado, com a célebre frase 'vamos ser amigos' que nem nunca se concretizou. nunca na vida quis parecer ou ser frustrada ou derrotada, sempre fui forte, mas de que me vale isso agora ? zero, não vale nada. " ripostou ela, em lágrimas que agora se confundiam com a leve chuva que se iniciara
"gostava de poder mudar isso. infelizmente, não posso voltar atrás e reconstruir a nossa história. confia.. confia em alguém.. não em mim, mas em alguém.. eu não sou de confiança"
"pois não, és só um drogado estúpido. e drogados estúpidos só se aturam se souberem tocar guitarra como um génio. entendido ?"
"boa, insulta-me. é sinal de que estás a voltar a ser o que és" ele sorria, de certa forma aliviado com aquela tempestade de insultos
"cala-te. nem sei porque vim aqui. não é a conversar contigo que vou encontrar alguém que me queira pelo que sou, alguém que não queira o que tu querias. assombras-me, queria deixar-te bem longe dos meus pensamentos"
"ouve, eu nunca estive contigo só porque .."
"não vale a pena, a sério.. és passado. vou dar um mergulho"
"estás louca? nem te atrevas, já viste como está o mar?! "
"sabes bem que o mar não é um perigo para mim.. até já, é só um mergulho à chuva"
"NÃO ! Não vás ! "
de repente,a reviravolta. o twist na história. todos os ressentimentos, ela transformou-os em qualquer coisa de imparável, ele entregou-se ao irreparável.
ele agarrou-a. segurou-a pela cintura. beijou-a.
ela afastou-o. atirou-o para a areia. deitou-se a seu lado, olhou-o, e sussurrou "maldição". ele pediu-lhe desculpa incessantemente, mas ela.. muito sinceramente, não quis saber. procurou nele tudo o que tinha perdido, descarregou em si todos os seus sentimentos reprimidos. não o amava,desejava-o. ele não era o drogado, ele era o vício, em carne e osso, ali debaixo de si."
Ela queria tanto gritar , dizer-lhe a alto e bom som que lhe parecia tão impossível perdoá-lo, que o que ele lhe tinha tirado era absolutamente único e irreparável, que tudo aquilo que ficara por dizer ainda a consumia, ainda a feria suavemente. Sempre que tentava falar, as palavras ficavam presas nos seus lábios ,sentia-se perdida nas emoções que a assolavam. até que, sem nunca o olhar nos olhos, começou.. : "um dia gostava de te entender. juro-te. gostava realmente de não te olhar como uma pequena maldição,que foi em tempos o maior êxtase, o melhor que já senti em mim.."
ele, emocionalmente engolido por aquele mar imenso, balbuciou "sei bem o que te fiz. sei bem que te roubei o pior que alguém pode tirar.."
"a capacidade de amar. foi isso que me tiraste, bruscamente, com as mentiras do passado, com a célebre frase 'vamos ser amigos' que nem nunca se concretizou. nunca na vida quis parecer ou ser frustrada ou derrotada, sempre fui forte, mas de que me vale isso agora ? zero, não vale nada. " ripostou ela, em lágrimas que agora se confundiam com a leve chuva que se iniciara
"gostava de poder mudar isso. infelizmente, não posso voltar atrás e reconstruir a nossa história. confia.. confia em alguém.. não em mim, mas em alguém.. eu não sou de confiança"
"pois não, és só um drogado estúpido. e drogados estúpidos só se aturam se souberem tocar guitarra como um génio. entendido ?"
"boa, insulta-me. é sinal de que estás a voltar a ser o que és" ele sorria, de certa forma aliviado com aquela tempestade de insultos
"cala-te. nem sei porque vim aqui. não é a conversar contigo que vou encontrar alguém que me queira pelo que sou, alguém que não queira o que tu querias. assombras-me, queria deixar-te bem longe dos meus pensamentos"
"ouve, eu nunca estive contigo só porque .."
"não vale a pena, a sério.. és passado. vou dar um mergulho"
"estás louca? nem te atrevas, já viste como está o mar?! "
"sabes bem que o mar não é um perigo para mim.. até já, é só um mergulho à chuva"
"NÃO ! Não vás ! "
de repente,a reviravolta. o twist na história. todos os ressentimentos, ela transformou-os em qualquer coisa de imparável, ele entregou-se ao irreparável.
ele agarrou-a. segurou-a pela cintura. beijou-a.
ela afastou-o. atirou-o para a areia. deitou-se a seu lado, olhou-o, e sussurrou "maldição". ele pediu-lhe desculpa incessantemente, mas ela.. muito sinceramente, não quis saber. procurou nele tudo o que tinha perdido, descarregou em si todos os seus sentimentos reprimidos. não o amava,desejava-o. ele não era o drogado, ele era o vício, em carne e osso, ali debaixo de si."
terça-feira, 12 de julho de 2011
...
mais uma vez, voltei a escrever. não porque esperava que o tempo curasse o que quer que fosse que ainda existisse para curar,porque essa história do tempo é pura invenção. não é o tempo que te vai trazer maturidade ou amor, é a experiência. mas quem sou eu para falar de amor ? quanto a isso mais vale estar calada.
a sério, eu tenho saudades. é assim tão mau dizer que tenho saudades dos tempos em que não eramos desconhecidos ? bem, se calhar é. mudaste ,e verdade seja dita,também mudei. por essa razão, só entras na minha cabeça quando regresso àquele lugar. mas não vamos por aí, neste momento és memória, vaga ou concreta, nem eu sei.
na verdade, a única razão pela qual estou aqui a rabiscar sobre ti é por sentir que me roubaste. sinceramente,perdi-me um bocado e não voltei a encontrar em mais ninguém aquilo que um dia encontrei em ti, por mais disfuncional que aquilo fosse. encontrei algo muito parecido ,tenho que te confessar: reencontrei-me com a sensação de perigo eminente,uma excitação desmedida e um princípio de sentimento que rapidamente se desfez. talvez seja por isso mesmo que fiquei fria,ou que pelo menos acreditei nisso.
e juro-te que só queria sentir aquilo outra vez. não, não é pela loucura de correr alguns riscos que me deram aquele gosto intenso pela adrenalina (viciou-me naquela sensação, cabrão). é aquele conforto que eu contigo fingi que odiava. seria interessante testar, não sei se essa sensação de segurança continuará a mesma, tão estranha, tão insegura.
a sério, eu tenho saudades. é assim tão mau dizer que tenho saudades dos tempos em que não eramos desconhecidos ? bem, se calhar é. mudaste ,e verdade seja dita,também mudei. por essa razão, só entras na minha cabeça quando regresso àquele lugar. mas não vamos por aí, neste momento és memória, vaga ou concreta, nem eu sei.
na verdade, a única razão pela qual estou aqui a rabiscar sobre ti é por sentir que me roubaste. sinceramente,perdi-me um bocado e não voltei a encontrar em mais ninguém aquilo que um dia encontrei em ti, por mais disfuncional que aquilo fosse. encontrei algo muito parecido ,tenho que te confessar: reencontrei-me com a sensação de perigo eminente,uma excitação desmedida e um princípio de sentimento que rapidamente se desfez. talvez seja por isso mesmo que fiquei fria,ou que pelo menos acreditei nisso.
e juro-te que só queria sentir aquilo outra vez. não, não é pela loucura de correr alguns riscos que me deram aquele gosto intenso pela adrenalina (viciou-me naquela sensação, cabrão). é aquele conforto que eu contigo fingi que odiava. seria interessante testar, não sei se essa sensação de segurança continuará a mesma, tão estranha, tão insegura.
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