quem anda a espreitar as reviravoltas ?

segunda-feira, 30 de maio de 2011

in the end, feelings fuck us all

eu segui em frente. juro que sim. mas isso, meu caro, não te dá o direito de te meteres na minha vida, pela quadragésima vez (o que quase não é exagero), para me virares as ideias do avesso com esses olhos de carneiro mal morto. já estavas afastado há muito, e era assim que te devias ter mantido. longe, bem longe, numa distância impenetrável, muito mais palpável do que os vazios quatrocentos quilómetros.
não tenho cara de troféu, muito menos desejo sê-lo. perdi-me em mentiras, perdi-me na falta de respostas e na ausência da verdade. 
sinto-me estúpida por ter conversado contigo. já conhecia o grande emaranhado de sentimentos que sou, mas desta vez, a minha calma aparente deveria ter sido trocada por uns gritos, umas verdades que já deverias ter ouvido há muito tempo. nem penses que me deixei enganar. na verdade , tu nunca me enganaste. nunca. 

jealousy

desculpa se tenho ciúmes.
a sério ,é daquelas coisas que merece um sério pedido de desculpas da minha parte. é que no fundo até tenho sentimentos, e torno-me um pouco ciumenta, sinto-me ameaçada pela presença de alguns seres do sexo feminino ao teu lado. sei que a exclusividade se ganha, e embora nunca tenhamos falo de monogamia, eu não te quero partilhar. get it ?

terça-feira, 24 de maio de 2011

sinto falta

sinto falta da tua atenção. das conversas até às tantas, da tua presença, das tuas respostas , dos sorrisos impossíveis de esconder,sinto falta da proximidade.
não sei porque te afastas, não sei porque sequer porque fico preocupada com isso. é claro que não devias ter qualquer efeito em mim. é claro que o melhor para mim seria a estabilidade, ao invés desta insegurança.
quero-te perto, junto a mim, embora às vezes me queira afastar de ti, para não abrir mais feridas (já bem me bastam aquelas que já tenho).
não sei se faria algum sentido perguntar-te o que queres de mim. provavelmente a resposta seria desagradável, poderia até afectar-me de uma maneira quase irreversível. é por isso que me custa tanto quebrar este silêncio. acabar com as conversas de circunstância e falar de coisas sérias. parece tão fácil , dito assim.

...

quem ama não deixa de amar de um dia para o outro. quem ama sabe o que custa esquecer , ultrapassar ,seguir em frente depois do muito (ou pouco) tempo em que se agarrou uma esperança completamente oca.
não, desta vez não falo por mim, porque já estou aborrecida da tamanha desgraça sentimental que sou.
falo por ele, que anda aí a sofrer por alguém que ama realmente, e sim, uso a palavra amor sem qualquer problema, porque o sentimento escorre-lhe pelos olhos, é tão puro e invejável. é estranho falar assim de uma pessoa que em tempos tanto depreciava, porém é curioso como uma simples conversa (sincera e verdadeira) sobre sentimentos pode mudar a opinião que tinha,tão vincada, em relação a ele.
este é exactamente o tipo com quem se pode falar do que vai cá dentro, baixar as defesas e deixar as palavras sair, com toda a sua força.
talvez seja disso que sinto falta.. de ter coragem de gritar ao mundo..não sei bem o quê, mas gritar. gritar , gritar, juntar as palavras irracionais com as cordas vocais, e experimentar aquela excitação que um dia me mostraste.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

considerações

todos temos considerações a fazer , e hoje apetece-me tecer uma pequena consideração (talvez baseada em experiência própria, ou puro e simplesmente porque me apetece).
assim sendo, tenho a dizer que quando duas pessoas são demasiado parecidas , a coisa não avança , ou pelo menos a possibilidade de se conseguir qualquer coisa de jeito é muito menor. em suma, dois românticos são demasiado melosos e acabam por se fartar um do outro, e dois insensíveis são demasiado frios e acabam por não sair do mesmo sítio. e não me venham dizer que é mentira.

we all have stories to tell

todos nós temos histórias para contar. de facto, cada vida é um filme, cabe-nos a nós decidir se o queremos tornar ou não público, se preferimos a privacidade de uma história apenas guardada na memória, ou se desejamos escarrapachar a nossa história em qualquer formato físico.
Ora não me ocorre melhor solução do que escrever sobre o que mais me inquieta, partilhar com qualquer um pedaços de uma história inacabada, anónima, sem nomes, sem grandes resoluções ou certezas. o que é realmente bom é o poder de escolher pequenas peças de um puzzle gigantesco e transformá-las em pequenos rasgos de memória em forma de textos, de palavras que tanto significam cá dentro.
escrevo sobre "ele", um tal que pode ser qualquer ser que num dia se cruza no meu caminho, um tal que tanto me tirou do chão,ou um tal que ainda nem sequer existe.
provavelmente algumas das personagens já se depararam com algum destes textos, com alguma recordação em que se identificam, mas tentaram ignorar o facto de estarem tão estranhamente inseridas no meu filme, na existência de alguém.
talvez me torne demasiado pessoal, quem sabe, mas isso não é importante .
talvez um dia até seja prejudicada por aquilo que aqui digo. oh ,mas são apenas partículas de sentimentos, porque eles existem.. o que interessa é que vou continuar a escrever.. porque a escrita é provavelmente o único modo de fazer desaparecer alguns fantasmas.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

what if..?

e se o teu toque já não me deixar arrepiada?
deixas-me um bocado perdida, nem tens culpa, eu sei. talvez o problema seja um passado demasiado marcante, por sensações que ainda ninguém conseguiu igualar. não que o passado ainda me assombre (juro-te que não), mas tens de entender que tudo o que cada um de nós é hoje, as nossas personalidades, os nossos feitios, tudo foi construído por um passado mais (ou menos) longínquo, em que houve alguém que nos marcou, que nos fez feliz ou que nos despedaçou. cada pessoa que se cruza connosco, é uma marca, uma cicatriz que se pode tornar profunda. é certo que com o passar do tempo, essa cicatriz se aligeira , deixa de ser fisicamente dolorosa. mas sinto-me na obrigação de avisar: cabe-te a ti aprenderes a cuidar dessa ferida, a lidar com ela, a compreende-la e principalmente, a anestesiá-la, pouco a pouco, até que a dor das más memórias se transforme num arrepio na pele, numa sensação estranhamente nova, como uma renascer de um sentimento que desapareceu (no momento em que ele se foi embora)

sorry i'm too complicated

sou demasiado instável. sei que tens tudo para eu gostar de ti, tudo mesmo, acredita em mim, cada detalhe de ti é tão confortavelmente parecido com aquilo que me agrada em alguém. és exactamente o tipo de pessoa com quem eu desejaria estar. contudo, infelizmente não é assim tão fácil. tenho alguma necessidade de paixão, de novidade constante, e tudo o que queria agora é que tentasses ir mais longe. que me surpreendesses, que me olhasses de outro modo e que mostrasses algum sentimento. quero dizer , eu sou completamente sincera e digo que não te amo, mas a tua segurança constante poderia fazer-me muito bem. sei que parece egoísmo, querer mudança quando eu própria não mudo, nesta minha mania de me fartar tão rapidamente das pessoas. mas não é uma questão de ser egoísta, confia em mim. talvez seja apenas por me fazeres bem, por precisar de ti para uma nova etapa, para qualquer coisa estável de que tanto preciso para pôr um pouco de ordem nesta vida louca.

terça-feira, 10 de maio de 2011

psicologia 1#

ora muito bem, está-me cá a parecer que sou bastante eficaz no que toca a distribuir conselhos pelos outros, naquela tentativa (muitas vezes bem sucedida, digo eu) de compreender o que vai nas cabecinhas do ser humano (ou pelo menos dos seres humanos com quem tenho contacto próximo, diga-se assim). 
mais uma vez, há uma falha. a dificuldade em entender a minha própria pessoa é gigantesca, porque parece que maior amálgama emocional não poderia existir. 
posto isto, prometo que vou começar a entender-me melhor. palavras reprimidas é que não, sefáchavor. dái ter voltado a escrever. com um pouco mais de cautela do que nos tempos obscuros , claro. o que interessa é que as palavras me fazem perceber, é saudável e tenho dito !

por vezes (...)

(...) é puro e simplesmente mais fácil deixar as coisas tal qual como estão. o grande problema surge quando não desejamos limitar-nos ao mais simples, mas procuramos a dificuldade desmedida de um desafio. dilemas emaranham as nossas mentes (ou os nossos sentidos), deixam-nos pela primeira vez na dúvida, fazem-nos questionar o que será mais saudável para um orgulho despedaçado. a palavra arriscar confronta-se com o que antes se assemelhava a comodismo,mas que hoje apenas se parece com segurança, com a (não) desejada estabilidade, tão doce, tão cruél.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

para ti.

quero que saibas que é possível ultrapassar. 
sei que não é agradável (talvez até seja um pouco irritante) ouvir dizer que "o tempo tudo cura", mas talvez seja essa a verdade a que tens de te agarrar neste momento. por uma razão ou outra , numa qualquer manhã irás acordar e compreender que tudo muda, e temos de saber lidar com a mudança, seja ela simples ou um pouco mais dolorosa. todos temos histórias para contar , e tu sabes bem uma das minhas particulares histórias. por essa razão, digo-te com sinceridade que (infelizmente ou não) conheço o que estás a sentir, sei que é tudo menos fácil olhar para o futuro quando tudo nos parece perdido, quando parece que o nosso "vício" nos deixou num estado de "ressaca" permanente, em que tudo daríamos por mais um toque, mais uma palavra profunda.
mas sabes uma coisa curiosa? a vida é surpreendente. não interessa se acreditas no destino ou não, não interessa aquilo em que crês, porque em todo o caso podes ser surpreendida a qualquer momento, a qualquer segundo. peço-te para acreditares, porque eu acredito em ti, no teu valor, na pessoa que tens demonstrado ser, em particular ao longo dos últimos tempos. 
se eu  consegui (que estava tão cega, que desiludi tanta gente, que fiz tanto, que tão desapontada fiquei) , porque achas que não vais conseguir? 
há sempre alguém que te vai aliviar essa dor. não te posso garantir que encontres "o tal" (porque não acredito "no tal", penso que isso é uma invenção de irrealismo), mas posso-te dar a certeza de que vais ultrapassar. vais esquecer. vais sentir outra vez . 


(p.s : qualquer coisinha, vamos fingir que não fui eu que escrevi isto, porque prometi que ia deixar de ser lamechas, achas possível ? ahah, adoro-te pá)

i don't give a sh*t abour your f*cking life

muito sinceramente, meu queridíssimo ex-namorado,queria apenas informar que qualquer informação vinda de ti é para a minha pessoa qualquer coisa de extremamente dispensável; trocando isto por miúdos, já que a tua mente poderá eventualmente ser um pouco limitada, o que eu desejo é que não venhas incomodar a pacatez da minha vida nesta bela cidade. logo, seria extremamente desagradável que um dia, durante algum agradável passeio, tivesse de sujeitar os meus olhos e os meus sentidos a um ser como tu. porque bem sabes, eu cá não gosto de ressentimentos, mas figura de parva também não faço outra vez , caso estejas a ponderar voltar a manter algum tipo de conversa comigo. queria igualmente dizer-te que agradecia imensamente que não considerasses este pequeno texto como algo passivo-agressivo , meu estimado amigo, porque nestas palavras não há qualquer ironia nem figura de estilo digna de acto literário. se não atingiste a mensagem, poderei até fazer-te um desenho. 
com muito apreço e um ligeiríssimo pontapé num lugar que não irei revelar (está descansadinho que estou apenas a aligeirar o discurso),  ca.